NOSSASENHORA
DAS MERCÊS
PADROEIRA DO PEru
Por muito tempo a Igreja voltou-se para Maria na dimensão do culto, para celebrar sua santidade, exaltar suas glórias e buscar os seus favores. Com ternura filial aprendemos a contemplar a presença de Maria na vida da Igreja e em nossa vida pessoal como a Nossa Senhora! A Mãe carinhosa que nos trouxe o Filho de Deus e que nos conduz nos caminhos da vida, livrando-nos dos males e socorrendo-nos em nossas necessidades. Criamos um hábito de contemplar Nossa Senhora com o Rainha do céu e da terra, como intercessora, protetora e socorro dosaflitos.Mas,a. verdadeira alegria do cristão não se limita a buscar os favores de Deus, quer seja por intercessão de Nossa Senhora ou dos santosde enossa devoção. Averdadeir alegria cristã nasce da comunhão com Cristo.
Assim como na maioria dos países da América Latina e do Caribe, também no Peru a devoção a Nossa Senhora foi um dos pilares sobre os quais ergueu-se a nação peruana com a identidade e a grandeza de uma nação cristã.
Considerada no início padroeira oficial das Forças Armadas, Nossa Senhora das Mercês é cultuada no Peru desde o século XVI. IInvocada inicialmente como padroeira da cidade de Lima, a capital do país, logo seus colonizadores a proclamaram padroeira de toda a nação peruana. A festa anual de Nossa Senhora das Mercês é celebrada com grande pompa no dia 24 de setembro de cada ano. Essa devoção foi trazida à América, em especial ao Peru, pelos padres mercedários, cuja ordem foi fundada por São Pedro Nolasco, que recebeu de Nossa Senhora a missão de fundar uma congregação para resgatar os cativos infiéis.
A história dessa devoção teve início por volta do ano de 1218, época em que os cristãos da península ibérica eram escravizados pelos mouros. Submetidos a trabalhos forçados e tantos sofrimentos, mui-tos chegavam a perder a fé. Nessa época, Nossa Senhora apareceu em sonho a três homens: Pedro, militar francês de origem fídalga, que veio a ser São Pedso Nolasco; Raimundo, um dos mais notáveis teólogos de sua época, mais tarde São Raimundo Penaforte; e Jaime, piedoso rei de Aragão, convidando-os a fundar uma ordem religiosa com a missão de trazer os cristãos cativos de volta para a fé. Quando descobriram que os três tiveram a mesma visão, não duvidaram de que esta era a vontade de Deus, e resolveram fundar a Ordem que recebeu o nome de Ordem Real e Militar de Nossa Senhora das Mercês para Resgate dos Cativos.
Em sua iconografia Nossa Senhora das Mercês aparece em geral semelhante à Virgem do Carmo, pois segura uma espécie de insígnia com o brasão dos mercedários. Outras vezes aparece abrigando sob seu manto dois escravos ajoelhados, sendo que um deles tem algemas e grilhões nos braços. O que a identifica é principalmente sua vestimenta, uma túnica presa à cintura e sobre ela um escapulário com as armas da Ordem.
Invocada com títulos diferentes, Maria é e será sempre a Mãe cari-mhosa a zelar por todos nós, seus filhos e filhas; Nossa vida cristã pode ser vivida com muito mais intensidade se aprendermos a contemplar Nossa Senhora como uma pessoa concreta, comprometi-da com o projeto de Deus, centrada em Cristo, atuante na história, e aprender com ela a ser de Deus para sempre.
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