A
FORMAÇÃO DOS VICENTINOS E AS ECAFOS
DA
NECESSIDADE DE FORMAÇÃO
Um
dos compromissos que assumimos ao ingressarmos na Sociedade de São Vicente de
Paulo - SSVP é o aprimoramento
de nossa vocação. Aprimorar a vocação significa adquirir conhecimentos
necessários, que nos
ajudam a melhor exercer nossas atividades cristãs e vicentinas.
Diversas
são as formas que nos possibilitam enriquecer nossos conhecimentos e fortalecer
nossa espiritual
idade. Entre
outros, a leitura orante e contínua das Sagradas Escrituras, a Regra da SSVP,
livros de formação
e orientação religiosa e de moral, preferencialmente a Doutrina Social da
Igreja.
Mais
especialmente, deve a Conferência cuidar com esmero da formação dos confrades e
consocias e,
se possível, dos assistidos, através das leituras espirituais e incentivando-os
à participarem das Escola de Capacitação Antônio Frederico Ozanam - ECAFO, que
através de seus ensinamentos, lhes indicarão as dimensões de seus deveres, de
suas responsabilidades e as
diretrizes para uma vivência cristã e vicentina, em face dos compromissos
assumidos com a hierarquia e com
os assistidos da SSVP.
É
sobejamente sabido que muitos confrades e consocias, pouco sabem do Regulamento
da SSVP. E o pouco
que sabem, nem sempre é cumprido. Como exemplo, haja vista a pequena presença
dos confrades e consocias,
(ao menos na Capital de São Paulo) desde longa data, nas Festas Regulamentares,
nas Ecafos, etc.
FREDERICO OZANAM
E SUA PREOCUPAÇÃO COM A JUVENTUDE
Devemos
atentar para o fato de que a preocupação com a formação na SSVP vem desde sua fundação, ou, melhor situando, um pouco antes, em 1831, quando
Ozanam, com Lallier
e Lamache, iniciam um grupo de jovens, preocupados com a juventude de seu
tempo.
Idealizaram um
curso de Filosofia da História, com a finalidade de, na Sorbona, lutar em
defesa da Fé Católica.Em dezembro
de 1831 aderem à "Conferência de História", que, então, se realizava
sob a orientação de José Emanuel
Bailly.
As
"Conferências de História" tiveram grande êxito: estudantes não
católicos participavam nelas para
sustentar seus pontos de vista e se esclarecerem, forçando os católicos a um
esforço mais profundo de investigação
e dialética (línguas), isto é, tiveram que conhecer melhor e mais amplamente a
religião que praticavam. Hoje, esse tipo de dinâmica é conhecido como "círculos de estudos",
onde um dos participantes
expõe um tema, sujeito depois à discussão de todos os presentes.
Ozanam
sabia que "a fé sem obras é morta". Um dia ao ler o livro de Silvio
Pellico, confessara "que
o cristianismo, tem sido para mim, até aqui, uma esfera de idéias, uma esfera
de culto, mas não tanto
uma esfera de moralidade, de intenções e de ações". (Cartas, vol.l ). "As idéias religiosas não teriam
valor se não se revestissem de valor prático e positivo. A religião serve menos
para pensar do que
para agir e se ela ensina a viver é para ensinar a morrer". (Cartas,
vol.I).
Daí
para as Conferências de Caridade foi um passo.
A 1a.
CONFERÊNCIA BRASILEIRA
A
primeira Conferência foi instalada no Brasil em 4 de agosto de 1872 por
iniciativa dos médicos Pedro
Fortes Marcondes Jobim e Antonio Seccioso de Sá e do Conde de Aljezur, Francisco
Lemos de Faria
Coutinho, três cristãos devotados, que haviam pertencido à Sociedade de São
Vicente de Paulo na
Instalada
com o nome de São José, na cidade do Rio de Janeiro, numa época em que a
religião vivia momentos
de grande agitação, com sintomas de grave decomposição, como relata o Confrade
Cearense, Comendador
Luiz Cavalcante Sucupira, já falecido, no seu trabalho "A Influência dos
Vicentinos na
Re-cristianização
do Brasil".
Realmente
o país vivia conturbado com as agitações promovidas pela maçonaria contra
membros do episcopado.
Estava-se na iminência de uma revolução. Conforme registrou o historiador
Pandiá Calógeras, o governo
cometeu um enorme e grosseiro erro político, porque as massas conservadoras da
sociedade, os proprietários
e as forças armadas retiraram seu apoio ao trono.
Conforme relata o Cfr. Sucupira, "surgindo no centro
mesmo desse vulcão, começou a Sociedade de São Vicente de Paulo por dedicar-se totalmente à formação
religiosa dos primeiros confrades, mediante, sobretudo, a prática de uma Caridade ativa e a
manifestação de uma fé publicamente vivida".
Procurou a Sociedade preservar seus primeiros membros dessa agitação política com a prática de uma Caridade bem ativa, demonstrando assim, publicamente, uma fé
calcada nos Evangelhos, com humildade e amor ao próximo. Como Frederico Ozanam ensinou!
AS ESCOLAS DE CAPACITAÇÃO ANTÔNIO FREDERICO OZANAM
Pelo que me foi dado conhecer, não existe uma história
precisa do surgimento das Escolas, porque, desconhecemos todos os fatos a respeito do assunto. O que
existiu foram momentos e acontecimentos que vieram colaborar para o aparecimento delas. Afinal de
contas, o interesse pela informação e formação dos confrades, primeiramente e, depois de confrades e consocias
sempre existiu. O que não havia eram cursos organizados. Havia palestras esporádicas e exposições de
temas em Conselhos Particulares e Centrais e por ocasião das Festas Regulamentares e outras atividades de
congraçamento.
Vamos ver como alguns fatos e acontecimentos prepararam o
caminho para a Ecafo.
1. O CONSELHO GERAL DE PARIS
Em carta de Janeiro de 1959, ao Confrade Pierre Chouard,
presidente do Conselho Geral, o então Papa João XXIII, lembrava do tempo em que era núncio
apostólico na França e cardeal protetor da SSVP que, segundo dizia, "evoca em nosso espírito uma muitas doces e agradáveis lembranças". E aconselhava:
"Gostaríamos, nesta circunstância, de acompanhar os progressos da Sociedade no mundo, em ação perseverante do Conselho Geral para adaptar a tarefa destas
Conferências às necessidades atuais, ficando ao mesmo tempo,
fiel ao espírito que Frederico Ozanam e seus primeiros companheiros infundiram na Sociedade há mais
de um século".
O Concílio Vaticano II, instalado pelo Papa João XXIII em 11
de novembro de 1962, propunha-se, no dizer do Papa, adaptar e atualizar a Igreja ao mundo moderno, sendo esse ato, chamado por ele de
"aggiornamento". Seria à volta às fontes
evangélicas.
Seguindo o aconselhamento do Papa João XXIII e os princípios
e ensinamentos do Concílio Vaticano II, em Assembléia Plenária do Conselho Geral da SSVP,
realizada nos dias 21 a 24 de abril de 1963, por ocasião do 150° aniversário do nascimento de Frederico
Ozanam, chegaram à diversas Resoluções.
Para o que nos interessa no momento, a Resolução n° 4, assim
dizia: O Conselho Geral resolve que ...
= ficarão à disposição dos Conselhos locais e entregues à
criação das Comissões de Expansão para:
a) dar a conhecer a Sociedade,
b) Organizar escolas de
caridade, etc.
2. A REUNIÃO INTERPROVINCIAL DE SÃO PAULO
Posteriormente, em maio de 1965, realizou-se uma Reunião Interprovincial do Conselho Metropolitano de São Paulo, em Barueri-SP, com a finalidade de estudar e analisar a mesma temática da Assembléia Plenária do Conselho Geral. Essa reunião foi em
preparação ao Primeiro Encontro Vicentino Nacional, realizado de 21 a 25 julho de 1966, no Rio de Janeiro e, também, em preparação da Assembléia
Pan-americana, realizada de 25 a 30 de janeiro de 1966, na
Capital de São Paulo.
3. 1º ENCONTRO VICENTINO NACIONAL
Vejamos como foi a resolução aprovada no 1º Encontro
Vicentino Nacional, item VII:
Divulgação, Proselitismo e Expansão da Sociedade: "Recomenda-se a
fundação de Escolas Frederico Ozanam para a formação dos confrades. Recomenda-se a instituição de
Centros de Estudos Frederico Ozanam como órgão de difusão e cultura e de promoção da Sociedade nos
meios intelectuais. Recomenda-se também a colaboração entre os núcleos vicentinos e as escolas de
serviço social".
4. ASSEMBLÉIA PAN-AMERICANA
Essa Assembléia Pan-americana, solicitada pelo Conselho Geral
de Paris, tinha por finalidade estudar a situação da SSVP nas Américas e levar as
conclusões à Reunião Plenária da SSVP que se realizaria em Paris - França, em 1967.
Todas essas Assembleias citadas, seja de âmbito nacional,
estadual ou internacional, tiveram a oportunidade de, entre outro, examinar, estudar, debater
temas voltados para a formação dos confrades e, posteriormente, das consocias que ingressariam na Sociedade.
5. ASSEMBLÉIA PLENÁRIA DO CONSELHO GERAL
O Conselho Geral realizou a Assembléia Plenária de 19 a 24
de outubro de 1967, e aprovou as seguintes resoluções, no que se referia a Formação dos
Confrades:
Comissão nº 3 -Adaptação da Sociedade de São Vicente de Paulo ao Mundo Moderno - Síntese
da Comissão nº 3:
Quinta Parte: Formação dos Confrades - Questão nº 13:
As respostas a estas questões diferem segundo os países.
Alguns estimam que a participação nas obras da Sociedade, a presença nas reuniões, a leitura do
boletim, a visita aos pobres, e o diálogo com eles, bastam para inculcar nos confrades o espírito
vicentino, e realizar sua formação. Outros países puseram em aplicação, vários meios de formação, variando,
ainda assim, segundo os países. Pode ser resumido como segue:
- Visita regular das Conferências pelos Conselhos dos quais dependem -
reunião dos Presidentes - retiros espirituais - jornadas de recolhimento
- escolas de caridade (exposições sobre a caridade) -
seminários para a formação dos dirigentes - edição de folhetos de informações
sobre as
questões sociais. Mas é enfatizada a necessidade de
equilibrar a formação espiritual doutrinal e os conhecimentos práticos. Para a
formação doutrinal e espiritual dos confrades a ação dos capelães das
Conferências é primordial.Ter o cuidado de evitar a multiplicidade das reuniões que
arriscaria desencorajar os jovens e as pessoas muito ocupadas.
RESOLUÇÃO: Considerando o decreto conciliar sobre o
Apostolado dos Leigos, a Sociedade verifica o interesse que há em prosseguir,
nas melhores condições, a formação dos confrades, e em adaptá-la às
particularidades de cada país.
Esta formação deve interessar tanto aos novos membros e aos
jovens
como aos confrades antigos. Devemos todos procurar
aperfeiçoar:
- Nosso espírito fraternal, tanto em relação aos confrades
quanto às pessoas que visitamos;
- Nossos conhecimentos sociais: doutrina da Igreja a este respeito,leis sociais, organismos diversos de caridade ou de ajuda
social;
- Nossos conhecimentos das diferentes técnicas postas em
prática para auxiliar o próximo.
Estas resoluções foram adotadas por unanimidade em
24/10/1967.
RESOLUÇÃO DE M. HUGHES (Escócia - Glasgow):
A Sociedade deverá continuar a atrair novos membros, em
particular
jovens, a provocar a confiança e o apoio da Igreja, das instituições
governamentais e locais, de outras organizações, e dos
simpatizantes da ação caritativa, na medida em que ela, responda à esperança
do mundo moderno e onde ela seja considerada como tal. Para cumprir
isto, a aplicação rigorosa das conclusões de nosso trabalho, por todos os
Conselhos e Conferências, é da mais alta importância.
Esta resolução foi adotada por unanimidade em 24/10/1967.
6. AS COMISSÕES DE JOVENS
Um dos grandes temas da Assembléia Pan-americana e que suscitou
calorosos debates foi o tema "Atuação da Sociedade entre a Juventude". Das conclusões desse tema, a principal foi sem dúvida a
resolução que recomendava a formação de "Comitês de
Jovens" nos Conselhos. O Conselho Central de São Paulo, sem perda de tempo, convocou para o dia 14 de março
de 1966 uma reunião com jovens na sede da Sociedade, a Rua da Consolação, 374, São Paulo-SP.
Nessa
reunião de 14 de março, falou aos jovens presentes, o Confrade Prof. Paulo Sawaya, Presidente do Conselho Metropolitano de
São Paulo, que relatou os resultados da Assembléia Pan-americana e do extraordinário interesse dos
Conselhos em não medir esforços para atrair a juventude para a SSVP e expôs as medidas que estavam sendo
estudadas para serem adotadas entre nós, ou seja, a organização de "Comitês de Jovens",
movimentos de estudantes, palestras, cursos e a instalação da Escola de Caridade Frederico Ozanam, nos moldes das já
existentes em outros países. Encerrou convidando os jovens para outra reunião no mês seguinte.
No mês seguinte, realizou-se uma reunião do Conselho Central
de São Paulo, com jovens de diversos Conselhos Particulares e que contou com a presença do
presidente do Conselho Metropolitano, Paulo Sawaya e do Diretor Espiritual dos Conselhos Central e
Metropolitano, Dom Ernesto de Paula, Bispo Auxiliar de São Paulo. Era o dia 23 de abril de 1966. A 133 anos da fundação da 1a. Conferência por Frederico Ozanam e seus
companheiros.
Podemos assinalar essa data como o início do
Movimento da Juventude Vicentina em São Paulo e no Brasil e que depois veio a se chamar
"Comissão de Jovens".
Desde o início previu-se que teriam os jovens sérias dificuldades para executar as tarefas que
atenderiam suas finalidades. O início tornou-se muito difícil para os jovens devido a pouca ou quase nenhuma formação
e tudo o que se foi conquistando foi a custa de muita persistência e sacrifícios.
O Movimento de Juventude cresceu e alastrou-se,
principalmente para as cidades interioranas. As Comissões de Jovens foram surgindo nos Conselhos Centrais e
Particulares e foi-se verificando o ingresso de muitos jovens na Sociedade, principalmente no interior do
Estado de São Paulo.
Devido a falta de literatura e publicações de formação
religiosa e vicentina, a formação dos confrades e consocias era precária. Com a inexistência de
cursos, passou-se a exercer certa pressão nos diversos escalões da Sociedade. Depois de muitos
questionamentos e promessas para se oficializar e regulamentar as Escolas de Ozanam, o Conselho Superior do
Brasil, como era denominado na época, em junho de 1982, e em cumprimento a Regra, baixou a
"Instruções para Escola de Caridade Frederico Ozanam". Levou 15 anos para sair essas instruções.
7. APOSTILHA DO CURSO BÁSICO
Em 1983, o Conselho Superior publicou a 1a. Edição da
"Apostilha do Curso Básico", da Escola de Caridade Frederico Ozanam. Em 1998 o Conselho Nacional do Brasil da SSVP publicou a 1a.
Edição do Manual de Orientação e os Módulos de 1 a 6 da Escola de Caridade Antônio Frederico
Ozanam - ECAFO.
A REGRA DA SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO
Dizia o ilustre e insigne mestre do Direito, Confrade Raul
Romeu Loureiro que "todas as atividades da vida do homem, em sociedade, são disciplinadas por princípios normativos, para cuja execução existem
regras. As regras de qualquer atividade humana, por sua vez,
estão sujeitas a convivência pacífica universal, através da hermenêutica (¹) e aplicação do Direito. Sem
conhecer, em primeiro lugar, o espírito, idéias e conceitos de maior amplitude de uma entidade organizada, não
haverá compreensão adequada à observância das normas complementares. A Sociedade de São Vicente de
Paulo é uma Sociedade organizada e a ela se aplicam os princípios supra referidos". Vejamos
sucintamente, como a Regra, ao longo do tempo, tratou do tema "formação".
(¹) (Hermenêutica: arte de interpretar o sentido das
palavras alheias - Jurid: arte de interpretar as leis jurídicas e a origem do direito - Teologia.: arte de interpretar
o verdadeiro sentido dos textos sagrados).(Aulete).
I. O PRIMEIRO REGULAMENTO
O Regulamento de dezembro de 1835 é aquele que desde o
início nos lembra que "a Sociedade de São Vicente de Paulo é uma amizade já feita, e quem nela
entra, incorpora-se a uma família bem unida" e no capítulo 11, Ordem das Sessões, em seu
artigo 15°, parágrafo 3° nos adverte que "Tanto a oração como a leitura, hão de ser feitas com a maior atenção,
pois o fim da Conferência não é apenas socorrer os pobres, mas também fomentar a piedade dos seus
membros". A nota deste artigo nos alerta para o fato de que "a leitura espiritual deve ser feita com atenção e não há de ser demasiado comprida nem
excessivamente curta", esclarecendo adiante que "os livros mais e uso nas Conferências para leituras espirituais, são os
Santos Evangelhos, a Imitação de Cristo, as biografias de São
Vicente de Paulo e de Ozanam, a Introdução à
Vida Devota de S. Francisco de Sales". "É indispensável repetir, ao
menos uma vez por outra, a
leitura do Regulamento e do presente comentário".
Nossos fundadores elaboraram, dois anos após a fundação da primeira Conferência, o seu Regulamento, abrangendo
cinqüenta e nove (59) artigos, fixando-se: sua denominação, seus objetivos e sua organização. Esse
Regulamento vigorou até o ano de 1968, quando se processou a
primeira alteração, gerando a "Nova
Regra".
II. A NOVA REGRA
Na Assembléia Geral de outubro de 1967, acima referida, além do tema já citado, tratou-se de outros assuntos de suma importância, e entre eles, destacamos os seguintes:
Fusão dos ramos feminino e masculino da SSVP; União
Fraternal entre as Conferências de países ricos e pobres (Jumelage);
Diretrizes a serem
observadas pela Comissão de Redação, para a atualização da Regra em vigor.
Recebido os pareceres, o
texto foi revisto e promulgado em 1 ° de julho de 1968, pelo Conselho Geral.
A "Regra" atualizada foi adotada em
caráter experimental durante os anos de 1968 a 1973, sob a denominação de "Nova Regra".
Precedia a Regra um PREAMBULO redigido pelo
Presidente Geral Pierre Chouard, em que é apresentado em suas
linhas fundamentais o que é e o que desejaria ser a SSVP no mundo moderno.
Entre as várias inovações, uma aborda o assunto de interesse deste trabalho: o artigo 30°
assim trata da formação dos confrades e consocias: " ..... Organizam, na medida do possível, cursos de formação destinados aos confrades e futuros confrades, referentes a temas espirituais, à
vocação vicentina e problemas de ação e de assistência social".
III. A REGRA DEFINITIVA
Pela Assembléia Plenária do Conselho Geral, realizada nos dias 8 a 14 de setembro de 1973, em Dublin, na Irlanda do Norte, convocada e presidida pelo Confrade Henri Jacob, foi aprovada a REGRA definitiva, oriunda do texto da "Nova Regra" e das sugestões
apresentadas pelos Presidentes dos Conselhos Superiores de vários países.
O importante é que nessa Plenária do Conselho
Geral, foi conferido aos Conselhos Superiores ou Nacionais, o poder de adaptarem a Regra às leis e costumes dos países.
Foi o que foi feito pelo Conselho Superior do
Brasil em Assembléia Geral Plenária, realizada em Salvador, Bahia, de 4 a 7 de abril de 1974, e sancionado pelo
Conselho Geral em junho de 1974.
No que se refere a formação, dois artigos
contemplaram esse tema. O artigo 20°, que em seu conteúdo dizia que os Conselhos em todos os seus escalões,
" ... Organizam, sempre que possível, retiros espirituais, encontros, assembleias, congressos e cursos de formação destinados
à Confrades e candidatos". Já o artigo 21° e seu parágrafo único
estava assim redigido:
"Especial atenção será dada à criação, organização e manutenção da Escola Ozanam, cujos programas versarão
sobre formação religiosa, vocação vicentina, problemas de ação e justiça sociais,
supervisionados pelo escalão imediatamente superior".
§ único: "A estruturação oficial da Escola
Ozanam será objeto de instrução especial do Conselho Superior, cabendo aos diversos Conselhos, providenciar sua
adaptação às condições peculiares da comunidade.
IV. A REGRA ATUALIZADA
Em abril de 1977, na 3a. Reunião
Plenária do Conselho Superior do Brasil, realizada em Barueri-SP, foi revisado e atualizado
o texto da Regra que fora sancionado pelo Conselho Geral em setembro de 1973.
Sobre o assunto formação,
assim ficou os textos da Regra:
Artigo 19° - Os Conselhos de todos os escalões, (...) "f) organizam, sempre que possível, retiros espirituais, encontros,
assembleias, congressos e cursos de formação destinados a Confrades, Consocias e candidatos.
Artigo 20° -
Especial atenção será dada à criação, organização e manutenção da Escola de Caridade Frederico Ozanam, cujos programas
versarão sobre formação cristã, vocação vicentina, problemas de ação e justiça
sociais, supervisionado pelo escalão imediatamente superior.
§ 1° - A estrutura oficial da
Escola de Caridade Frederico Ozanam será objeto de instrução especial do Conselho Superior, cabendo aos diversos Conselhos providenciar sua adaptação às condições peculiares da comunidade.
§ 2º - Cada Conselho Metropolitano deverá designar entre seus
membros um Coordenador para supervisionar as atividades da Escola de Caridade Frederico Ozanam.
§ 3° - Os Conselhos
Centrais deverão estar preparados para instalar, pelo menos, uma Escola de Caridade Frederico Ozanam em sua
circunscrição.
V. A REGRA - NOVA ATUALIZAÇÃO: 1989
Texto do Regulamento da
SSVP no Brasil, revisto e aprovado na VI Reunião Plenária do Conselho Superior do Brasil, Rio de Janeiro, RJ, outubro de 1988, de acordo com as deliberações
da 7ª Assembléia Internacional da Sociedade (Dublin, setembro de 1973)
e sancionado pelo Conselho Geral (Paris, janeiro de 1989).
CAPÍTULO VI - Da Escola de Caridade Antonio Frederico Ozanam.
Art. 53 - Os Conselhos
Metropolitanos e Centrais darão especial atenção à criação, organização e manutenção da "Escola de Caridade Antônio Frederico
Ozanam", cujos programas versarão sobre formação cristã, vocação vicentina, problemas de ação e justiça
sociais.
§ 1°. - A estrutura oficial
da "Escola de Caridade Antônio Frederico Ozanam" será objeto de instrução especial do Conselho Superior do Brasil, cabendo aos diversos
Conselhos providenciar sua adaptação às condições peculiares da comunidade.
§ 2º. - Os
livros-textos oficiais, a serem adotados nos cursos da "Escola de Caridade
Antônio Frederico Ozanam", são aqueles publicados pelo Conselho Superior do Brasil.
§ 3°. - Os Conselhos
Metropolitanos deverão designar, entre seus membros, um coordenador para supervisionar as atividades da "Escola de Caridade Antônio Frederico
Ozanam", em consonância com as diretrizes e a orientação do Conselho Superior do Brasil.
§ 4°. - Os Conselhos
Centrais deverão estar preparados para instalar, em suas circunscrições, pelo
menos, uma "Escola de Caridade Antônio Frederico Ozanam".
§ 5°. - Por delegação do
Presidente do Conselho Central, ouvido o Conselho Metropolitano, os Conselhos Particulares poderão instalar uma "Escola de Caridade Antônio Frederico
Ozanam" em sua circunscrição, sob a orientação direta do respectivo Conselho Central.
VI. A REGRA - NOVA ATUALIZAÇÃO: 1998
Texto do regulamento da
SSVP no Brasil, revisto e aprovado na VIII Reunião Plenária do Conselho Nacional do Brasil, realizada em Belo Horizonte, MG, em dezembro de 1996, de acordo
com as deliberações da 7ª. Assembléia Internacional da Sociedade (Dublin, setembro de 1973)
e sancionada pelo Conselho Geral Internacional (Paris, 27 de março de 1998).
Deu nova redação ao
artigo 53 e ao parágrafo 4°, permanecendo os demais com a redação anterior, exceto o nome do Conselho, que passou a ser CONSELHO NACIONAL DO
BRASIL. Pela primeira vez, aparece na Regra a palavra "ECAFO".
Art. 53 - Os Conselhos
Metropolitanos e Centrais deverão criar, organizar e manter a "Escola de Caridade Antônio Frederico Ozanam (ECAFO)", cujos programas versarão
sobre formação cristã, vocação
vicentina, problemas de ação e justiça sociais.
§ 4°. - Ao ingressar na
Conferência, recomenda-se que o novo membro participe do curso básico da "Escola de Caridade Antônio Frederico Ozanam".
VII. A REGRA ATUAL: 2004
O texto do Regulamento da SSVP foi aprovado durante a 10ª
Assembleia Plenária Nacional da SSVP, realizada pelo Conselho Nacional do
Brasil de 12 a 15/11/2004, em Belo Horizonte – MG, e homologado pela Secção
Permanente do Conselho Geral, órgão diretivo da Confederação Internacional da
SSVP no mundo, em reunião de 17/05/2006.
Foram muitas as
inovações e alterações do Regulamento anterior. No que se refere a formação das
consocias e dos confrades assim ficaram os textos concernentes:
§ 1°. - Para ser proclamado é necessário que o
aspirante tenha, no mínimo, feito a Primeira Eucaristia e o Módulo de Formação Básica da Escola de Capacitação Antonio
Frederico Ozanam - ECAFO. (Artigo 133, § 3º).
ECAFO
Capítulo IV - Das Escolas de Capacitação
Antônio Frederico
Ozanam - ECAFO
Artigo 131 - Os Conselhos Centrais deverão
criar, organizar e manter uma Escola de Capacitação Antônio Frederico Ozanam - ECAFO, cujos programas versarão sobre a
formação cristã, vocação vicentina e questões de Justiça Social.
Artigo 132 - Será
incentivada a implantação da ECAFO nos Conselhos Particulares aplicando-se, no que couber, as normas deste Capítulo.
Artigo 133 - A estrutura
da ECAFO será objeto de Instrução Normativa oficial do Conselho Nacional do Brasil, cabendo aos diversos Conselhos providenciar
sua adaptação às condições peculiares de cada comunidade.
§ 1º. Os livros-textos adotados nos cursos serão publicados pelo
Conselho Nacional do Brasil.
§ 2º. A forma de aplicação do conteúdo da ECAFO
está contida no seu "Manual de Instrução", podendo, de acordo com cada região ser adaptada (formas diferentes de
aplicação), porém nunca descaracterizada (mudança do conteúdo dos Módulos).
§ 3°. Ao ingressar em uma Conferência, o
Aspirante deverá participar do Módulo de Formação Básica da ECAFO, antes de ser proclamado. (Artigo 13, Parágrafo único).
Artigo 134 - A ECAFO nos Conselhos Centrais e, quando possível,
nos Conselhos Particulares, será constituída por:
I) um
coordenador;
II) equipe de
serviço; e
III) corpo docente.
Artigo 135 - A
Coordenação Nacional da ECAFO será constituída pelo seu Coordenador e pelos Coordenadores Regionais.
Artigo 136 - Quando possível, e sempre
respeitado o conteúdo, a estrutura e a espiritualidade vicentina, o Assessor Espiritual seja convidado a participar e colaborar na
organização e realização dos cursos promovidos pela ECAFO.
Artigo 137 - O Coodenador
da ECAFO participa da Diretoria do Conselho (Artigos 95; 98; 102), com direito a voto.
Parágrafo Único. Para Ser
nomeado Coordenador da ECAFO é preciso ser Associado (confrade ou consocia), com atividade vicentina ininterrupta de pelo menos:
I) 2 (dois)
anos, para Conselhos Particulares ou Conselhos Centrais; e
II) 4 (quatro) anos, para Conselhos Metropolitanos ou Conselho Nacional do Brasil.
Artigo 138 - A Coordenação de ECAFO, dentre outros direitos e deveres, compete:
I) proporcionar
formação católica e vicentina, orientando sobre a doutrina social da Igreja Católica e temas de atualidade e relevância da SSVP, que constarão nos módulos oficiais do Conselho Nacional do
Brasil;
II) organizar
cursos de alfabetização, cursos profissionalizantes,
de formação bíblica ou outros de interesse regional, buscando sempre parceria com
entidades particulares ou com o poder público, quando possível;
e
III) criar uma
equipe de serviço e um corpo docente, para a Escola de Formação Permanente, encarregada da aplicação do "Manual de
Instrução", se necessário adaptado às condições e
peculiaridades locais e com formas criativas.
Artigo 139 - São atribuições do Coordenador da ECAFO:
7
I) Coordenar, planejar e supervisionar as
atividades;
II) Efetuar e remeter ao Conselho a que estiver
vinculado, o Relatório Anual de Atividades;
III) Manter o Conselho a que estiver vinculado
informado sobre todos os trabalhos realizados, comparecendo
às suas reuniões e apresentando relatório;
IV) Estabelecer relacionamento cordial entre as
Unidades Vicentinas de sua área de atuação, visitando-as com
regularidade e dedicando atenção aos jovens engajados, procurando incentivar a inscrição e freqüência nos cursos de formação;
V) Trabalhar em harmonia com o agir pastoral da
Igreja Católica;
VI) Criar meios para propiciar a formação à
distância para os novos membros e para atualização dos confrades
e consocias;
VII) Efetuar reuniões
mensais; e
VIII) Fornecer, como estímulo, um certificado pela freqüência e
conclusão, em cada módulo, na ECAFO.
Outros assuntos referentes à ECAFO poderão ser vistos
nos artigo 46, inciso VII; 95; 98; 102;
103, inciso V; 109, § único, inciso II ; 117, inciso IV.
CURSOS REALIZADOS
“A ASSISTÊNCIA VICENTINA E O CURSO DE FREDERICO OZANAM”
Por iniciativa do Confrade, Dr. Vicente Melillo, fundador da Assistência Vicentina de São Paulo e em comemoração pela tradução dos dois volumes das cartas de Antônio Frederico Ozanam pelo, também Confrade, Dr. João Pedreira Duprat, realizou-se na sede da Assistência Vicentina de São Paulo, na Rua Aureliano Coutinho, 109, Santa
Cecília, São Paulo-SP, o
"Curso de Frederico Ozanam", com
aulas noturnas as sextas-feiras, no
período de outubro de 1957 a maio de 1959. Participaram
como palestrantes, Bispos, Padres e leigos e, principalmente
vários vicentinos, entre
eles os confrades Paulo Sawaya, Oscar Amarante, José Amadei, Vicente de
Paulo Melillo, Antonio
Luiz Traina, João Pedreira Duprat, Antonio Maria Espósito.
Do
curso citado, surgiram dois livros:
"A Assistência Vicentina e o Curso de Frederico Ozanam"
e "Reflexões de Ozanam", infelizmente
esgotados.
A ESCOLA DE CARIDADE
OZANAM
NORTE AMERICANA (USA)
O
Conselho Superior do Brasil divulgou no Boletim Brasileiro de julho a setembro
de 1967 que "o Conselho Central Arquidiocesano de São Francisco, Califórnia,
EUA, organizou
um curso de instrução e de informação para os vicentinos e aos que desejam ser
vicentinos. É um método prático e eficiente de propaganda do que é a Sociedade de São Vicente de Paulo. O
método de funcionamento das Escolas
de Caridade Ozanam e o resumo das lições foram publicados em livro
de orientação".
Frei Edmundo Fox, O.F.M.
de Anápolis, Goiás, em
colaboração com confrades de Anápolis, Goiânia e Ceres, empreendeu a tradução do
livro e o Conselho Central Diocesano de Anápolis imprimiu-o.
A revisão e comentários
foram feitos pelo Confrade Paulo Sawaya
e sua esposa, Consocia Sonia de Barros Sawaya, de São Paulo.
ESCOLA DE CARIDADE ANTÔNIO FREDERICO
OZANAM
SÃO PAULO - SP
Instalado na Capital de São Paulo, o 1°. curso de formação e aperfeiçoamento de
vicentinos, promovido pelo Conselhos Metropolitano de São Paulo, iniciou as atividades, no país, da "Escola
Frederico Ozanam", moldada no texto impresso
pela SSVP da Arquidiocese de S. Francisco, Califórnia, USA.
Seu programa bem definido, chamado
de "curso piloto", foi ministrado de 27 a
30/09/1972, com a ideia de levar a Escola e suas normas a todo o Brasil, de acordo com o desejo do Conselho Superior do Brasil - CNB.
Contribuindo para isso, o Conselho Metropolitano de S.Paulo ofereceu bolsa de estudo aos Conselhos Metropolitanos e Centrais do país, que foram concedidas conforme as instruções que o Conselho Superior (CNB) enviara aos Conselhos referidos.
Também participaram confrades da Capital e de diversas cidades do interior paulista.
Com as bênçãos de S.Excia.Revma. Dom Ernesto de Paula, Bispo Auxiliar de São Paulo, assistente espiritual da SSVP em São Paulo, instalou-se o 1º. Curso da "ESCOLA FREDERICO OZANAM", no dia 27 de setembro de 1972.
Foram estes os primeiros 26 alunos da Escola Frederico Ozanam:
Gal. Luiz Guimarães Regadas, do Rio de Janeiro, RJ
Romualdo Ferreira Ramos, de Governador Valadares, MG
José Mendes Campos, de Barbacena, MG
Geraldo Alves Pinto, de João Monlevade, MG
Wanderley José Francisco, de Bauru, SP
Pedro Marçon Filho, de Taubaté, SP
Roberto Lemes Cardoso, de Mogi das Cruzes, SP
João Martins de Araújo, de Goiânia, GO
Francisco Nonato de Souza, de Teresina, PI
Agenor Alves, de Ouro Preto, MG
Ademar José Pamplona, de Curitiba, PR
Ronam Mendonça Ribeiro, de Franca, SP
Geraldo Ottoni Costa, de Conselheiro Lafaiete, MG
Padre Luiz França, de Nova Iguassú, RJ
Edison Piacentine, de Piracicaba, SP
José Jorge, de Ouro Preto, MG
Jerônimo Martins da Costa, de Itabira, MG
Waldemar Teixeira Capuchinho, de Anápolis, GO
Leônidas Rodrigues, de Goiânia, GO
Dna. Juraci Brás de Freitas, de São Sebastião, SP
Regynaldo Zavaglia, de São Carlos, SP
Antonio Sávio Câmara, de Bragança Paulista, SP
João Fioravante Volpe Neto, de Franca, SP
Rafael Janantonio, de Franca, SP
Francisco Eloy Bruno Alves, de Fortaleza, CE
José Anastácio, de Conselheiro Lafaiete, MG
O corpo docente da Escola que ministrou vinte aulas pelo sistema intensivo, esteve assim constituído:
Revmos. Padres José Mayer Paine e Luciano Túlio Grilli;
Confrades:
Paulo Sawaya
Moacyr Baptista Pereira
Raul Romeu Loureiro
Helio Gomes de Moraes
Helio Damante
Antonio Luiz Traina
Antonio S. Viana
Assistente Social: Dna. Hilda C. Zanini Torano, da Caritas Arquidiocesana de S.Paulo.
Ao término das aulas, o Confrade Antonio Maria Espósito, Presidente do Conselho Metropolitano, parabenizou os professores dizendo: "A essa magnífica equipe de autênticos apóstolos de Cristo, que a todos edificou pelo seu preparo e pela sua dedicação à causa vicentina, os melhores agradecimentos da direção da Escola.
Após o término do curso intensivo, na noite do dia 30/09 procedeu-se a sessão de encerramento da qual participaram os confrades alunos e docentes, assim como vários confrades e consocias de São Paulo.
O Cfd. Espósito convidou o Cfd. Baptista Pereira a fazer entrega do Certificado do Curso aos confrades alunos e, em seguida, agradeceu a todos os que colaboraram para a realização do antigo desejo de ver uma Escola de Formação Vicentina atuando em nosso meio; exortou os confrades visitantes a aplicarem em suas regiões, as experiências que a iniciativa suscitara.
Foi confortador constatar que os confrades inscritos na Escola participaram de todas as aulas com grande interesse e que, unanimemente, aplaudiram a realização do Conselho Metropolitano de São Paulo, a qual, aliás, veio corresponder a um desideratum do Conselho Superior do Brasil.
Na oportunidade, o Cfd. Moacyr Baptista Pereira, Presidente licenciado do Conselho Superior do Brasil (CNB), foi alvo de fraterna manifestação de apreço, acompanhada de votos para que o breve restabelecimento de sua saúde lhe permita retornar ao cargo que tanto tem dignificado.
No dia seguinte, por ocasião das festividades comemorativas do 1º Centenário da Fundação da SSVP no Brasil, S.Excia.Revma. Dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo de S. Paulo, cientificado da instalação da Escola, manifestou sua alegria pelo acontecimento e cumprimentou a cada um dos alunos presentes no Ibirapuera, local das comemorações. (A.M.E.)
(transcrito da revista Voz de Ozanam, vol. 8, n? 2, set.-out. de 1972).
AS 20 AULAS DO 1°. CURSO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO
RELIGIOSAS
A Caridade, uma Virtude Teologal
Vida Espiritual- Uma Norma de Vida Vicentina
A Oração na Vida do Vicentino
Noções da Bíblia para o Apostolado Vicentino
A Caridade e o Apostolado Leigo
A Promoção Humana - Doutrina Social da Igreja
VICENTINAS
História da Sociedade de São Vicente de Paulo
Organização da SSVP - A Conferência - Os Conselhos
A Caridade e a SSVP - Uma Vocação - Um Engajamento
O Pobre - O Serviço do Pobre
Resumo da Vida de São Vicente de Paulo
Resumo da Vida de Antônio Frederico Ozanam
A SSVP: Uma Inspiração Divina
A Visita Domiciliar ao Assistido - Sindicância
Uma Conferência em Funcionamento
Os Presidentes na SSVP
A Regra da SSVP
Os Jovens e a SSVP
Relacionamento com o Clero
A Caridade, um Esforço em Conjunto
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O 2° e o 3° CURSO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE SÃO PAULO
O 2° Curso foi realizado no mês de dezembro de 1972, no molde do 1º. Curso, para os Confrades e Consocias da Capital de São Paulo.
0 3° Curso foi realizado em São Paulo, de 30/03/1973 a 15/06/1973 em 20 (vinte) aulas realizadas nas sextas-feiras, no período noturno. Manteve o mesmo corpo docente dos dois primeiros e as aulas foram praticamente as mesmas, com pequenas modificações.
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A MODERNIZAÇÃO DAS ECAFOS
Nos idos de 1996, os Confrades Eduardo Marques Almeida e Sideny de Oliveira Filho, resolveram executar algo que a algum tempo vinham discutindo e analisando a viabilidade de realização de um projeto: criar uma dinâmica diferente para a Formação Vicentina.
Nesta dinâmica deveriam estar incluídos recursos audiovisuais disponíveis e utilizados nos círculos de treinamento das universidades e empresas.
Logo perceberam que a diversidade destes mecanismos, seus custos e aplicabilidade não seria exequível em todas as localidades deste imenso País. A verdade era que nem todos poderiam dispor de recursos mais modernos (para a época), mas não poderia ser esta limitação que os impediria de avançar em busca da Ecafo sonhada.
Assim, traçaram um roteiro de conteúdo, ou seja, uma grade de matérias e temas, que deveriam ser tratados. A cada grupo de temas, deram o nome de MÓDULO, nome posteriormente adotado pela Escola oficial do CNB. Foram então preparados: filmes (vídeos) transparências, slides, e apostilas impressas.
Foi feito um filme romanceado sobre Ozanam, elaborado por uma empresa profissional, sendo o resultado considerado muito bom para a época.
Estes materiais, que até hoje são atuais, produzidos numa linguagem super apropriada para esta geração e que atende plenamente as necessidades das Ecafos, permanecem, inexplicavelmente, escondidos.
O Confrade Sideny, como dirigente da Ecafo do Conselho Central de São Paulo, durante quatro anos organizou as Escolas de Ozanam nos moldes acima expostos, nos quais participaram cerca de 2000 confrades e consocias.
Outra novidade foi inovar o local das Ecafos: a ousadia foi sair das paróquias ou salas absolutamente despreparadas, para salas de convenções de um hotel, que proporciona vários recursos e vantagens.
FINALIZANDO e .... NÃO TERMINANDO
A pedidos, tentamos trazer a lume um assunto que vez ou outra aflora nos lábios dos encarregados das Ecafos: "como surgiram as Ecafos?".
Procurei, com boa vontade, com os meus parcos conhecimentos e material, iniciar o que poderíamos chamar de "História das Ecafos".
Está claro que, o acima exposto, não esgota o assunto. Assim sendo, espero que vicentinos e vicentinas, que vierem ler esse trabalho, e tenham conhecimentos que possam enriquece-lo, e querem colaborar, solicito a gentileza de enviar para um desses endereços:
mmaringulo@outlook.com
ou
Mário Maríngulo
Rua Inajatuba, 184 - Vila Guarani
Cep 01347-230 - São Paulo - SP
Cfd. Mário Maríngulo
Coordenador do Decom do Conselho Metropolitano de São Paulo
Membro da Conferência Nossa Senhora de Loreto, do Conselho Particular Saúde, do Conselho Sudeste de São Paulo - SP
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