1º DOMNGO DO ADVENTO

Marcos 13,33 – 37

Ficai de sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo. Será como um homem que, partindo de uma viagem, deixa a sua casa e delega sua autoridade aos seus servos, indicando o trabalho de cada um, e manda ao porteiro que vigie. Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que vindo de repente, não vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos: vigiai!

Comentário

Já é hora de acordar! Eis o apelo de Jesus no Evangelho que inaugura este tempo do Advento. Uma nova aurora surge no horizonte da humanidade, trazendo a esperança de um novo tempo de um mundo renovado pela força do Evangelho. Neste tempo de graça, somos convocados a sair do torpor de uma prática religiosa inócua, a acordar do sono dos nossos projetos pessoais vazios e egoístas. Despertos e vigilantes, somos convidados a abraçar o projeto de Deus que vem ao nosso encontro, na espera fecunda do Tempo do Advento, temos a chance de reanimarmos em nós e os compromissos assumidos em favor da construção do Reino, reavivando as forças adormecidas, para a construção de uma humanidade nova, livre das trevas do sofrimento, da marginalização e da morte.

Frei Sandro Roberto da Costa, OFM - Petrópolis/RJ

2º DOMINGO DO ADVENTO

Marcos 1,1 – 8

Conforme está escrito no Profeta Isaias: Eis que envio meu anjo diante de ti: Ele preparará teu caminho. Uma voz clama no deserto: Traçai o caminho do Senhor, aplainai suas veredas (Mt 3,1); Is 40,3). João Batista apareceu no deserto e pregava um batismo de conversão para a remissão dos pecados. E saiam para ir ter com ele toda a Judéia, toda Jerusalém, confessando os seus pecados. João andava vestido de pelo de carneiro e trazia um cinto de couro em volta dos rins, e alimentava-se de gafanhotos e mel Sivestre. Ele pôs-se a proclamar: “depois de mim vem outro mais poderoso do que eu, ante o qual não sou digno de me prostrar para desatar-lhe a correia do calçado. Eu vos batizei com água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo”.

Comentário

“Preparai o caminho do Senhor, aplainai as suas veredas”. Clamando pelo deserto, João Batista nos indica que procurar viver conforme a Boa-Nova que Jesus nos trouxe não se trata, simplesmente, de viver dentro de um sistema religioso com certas práticas que nos identificam com tais. Talvez ele queira nos indicar que a fé, antes de tudo é um percurso, uma caminhada, onde podemos encontrar momentos fáceis e difíceis, dúvidas e interrogações, avanços e retrocessos, entusiasmo e disposição, mas também cansaço e fadiga. No entanto, o mais importante é que nunca deixemos de caminhar, pois o caminho se faz caminhando. Boa caminhada de Advento e preparação!

Frei Diego Atalino de Melo

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

10. A FORMAÇÃO DOS VICENTINOS E AS ECAFOS




A FORMAÇÃO DOS VICENTINOS E AS ECAFOS



DA NECESSIDADE DE FORMAÇÃO


Um dos compromissos que assumimos ao ingressarmos na Sociedade de São Vicente de Paulo - SSVP  é o aprimoramento de nossa vocação. Aprimorar a vocação significa adquirir conhecimentos necessários, que nos ajudam a melhor exercer nossas atividades cristãs e vicentinas.

Diversas são as formas que nos possibilitam enriquecer nossos conhecimentos e fortalecer nossa espiritual idade. Entre outros, a leitura orante e contínua das Sagradas Escrituras, a Regra da SSVP, livros de formação e orientação religiosa e de moral, preferencialmente a Doutrina Social da Igreja.

Mais especialmente, deve a Conferência cuidar com esmero da formação dos confrades e consocias e, se possível, dos assistidos, através das leituras espirituais e incentivando-os à participarem das Escola de Capacitação Antônio Frederico Ozanam - ECAFO, que através de seus ensinamentos, lhes indicarão as dimensões de seus deveres, de suas responsabilidades e as diretrizes para uma vivência cristã e vicentina, em face dos compromissos assumidos com a hierarquia e com os assistidos da SSVP.

É sobejamente sabido que muitos confrades e consocias, pouco sabem do Regulamento da SSVP. E o pouco que sabem, nem sempre é cumprido. Como exemplo, haja vista a pequena presença dos confrades e consocias, (ao menos na Capital de São Paulo) desde longa data, nas Festas Regulamentares, nas Ecafos, etc.

FREDERICO OZANAM E SUA PREOCUPAÇÃO COM A JUVENTUDE


Devemos atentar para o fato de que a preocupação com a formação na SSVP vem desde sua fundação, ou, melhor situando, um pouco antes, em 1831, quando Ozanam, com Lallier e Lamache, iniciam um grupo de jovens, preocupados com a juventude de seu tempo. 

Idealizaram um curso de Filosofia da História, com a finalidade de, na Sorbona, lutar em defesa da Fé Católica.Em dezembro de 1831 aderem à "Conferência de História", que, então, se realizava sob a orientação de José Emanuel Bailly.

As "Conferências de História" tiveram grande êxito: estudantes não católicos participavam nelas para sustentar seus pontos de vista e se esclarecerem, forçando os católicos a um esforço mais profundo de investigação e dialética (línguas), isto é, tiveram que conhecer melhor e mais amplamente a religião que praticavam. Hoje, esse tipo de dinâmica é conhecido como "círculos de estudos", onde um dos participantes expõe um tema, sujeito depois à discussão de todos os presentes.

Ozanam sabia que "a fé sem obras é morta". Um dia ao ler o livro de Silvio Pellico, confessara "que o cristianismo, tem sido para mim, até aqui, uma esfera de idéias, uma esfera de culto, mas não tanto uma esfera de moralidade, de intenções e de ações". (Cartas, vol.l ). "As idéias religiosas não teriam valor se não se revestissem de valor prático e positivo. A religião serve menos para pensar do que para agir e se ela ensina a viver é para ensinar a morrer". (Cartas, vol.I). 

Daí para as Conferências de Caridade foi um passo.

A 1a. CONFERÊNCIA BRASILEIRA


A primeira Conferência foi instalada no Brasil em 4 de agosto de 1872 por iniciativa dos médicos Pedro Fortes Marcondes Jobim e Antonio Seccioso de Sá e do Conde de Aljezur, Francisco Lemos de Faria Coutinho, três cristãos devotados, que haviam pertencido à Sociedade de São Vicente de Paulo na
Europa.

Instalada com o nome de São José, na cidade do Rio de Janeiro, numa época em que a religião vivia momentos de grande agitação, com sintomas de grave decomposição, como relata o Confrade Cearense, Comendador Luiz Cavalcante Sucupira, já falecido, no seu trabalho "A Influência dos Vicentinos na
Re-cristianização do Brasil".

Realmente o país vivia conturbado com as agitações promovidas pela maçonaria contra membros do episcopado. Estava-se na iminência de uma revolução. Conforme registrou o historiador Pandiá Calógeras, o governo cometeu um enorme e grosseiro erro político, porque as massas conservadoras da sociedade, os proprietários e as forças armadas retiraram seu apoio ao trono.

Conforme relata o Cfr. Sucupira, "surgindo no centro mesmo desse vulcão, começou a Sociedade de São Vicente de Paulo por dedicar-se totalmente à formação religiosa dos primeiros confrades, mediante, sobretudo, a prática de uma Caridade ativa e a manifestação de uma fé publicamente vivida".

Procurou a Sociedade preservar seus primeiros membros dessa agitação política com a prática de uma Caridade bem ativa, demonstrando assim, publicamente, uma fé calcada nos Evangelhos, com humildade e amor ao próximo. Como Frederico Ozanam ensinou!



AS ESCOLAS DE CAPACITAÇÃO ANTÔNIO FREDERICO OZANAM

Pelo que me foi dado conhecer, não existe uma história precisa do surgimento das Escolas, porque, desconhecemos todos os fatos a respeito do assunto. O que existiu foram momentos e acontecimentos que vieram colaborar para o aparecimento delas. Afinal de contas, o interesse pela informação e formação dos confrades, primeiramente e, depois de confrades e consocias sempre existiu. O que não havia eram cursos organizados. Havia palestras esporádicas e exposições de temas em Conselhos Particulares e Centrais e por ocasião das Festas Regulamentares e outras atividades de congraçamento.

Vamos ver como alguns fatos e acontecimentos prepararam o caminho para a Ecafo.

1. O CONSELHO GERAL DE PARIS


Em carta de Janeiro de 1959, ao Confrade Pierre Chouard, presidente do Conselho Geral, o então Papa João XXIII, lembrava do tempo em que era núncio apostólico na França e cardeal protetor da SSVP que, segundo dizia, "evoca em nosso espírito uma muitas doces e agradáveis lembranças". E aconselhava: "Gostaríamos, nesta circunstância, de acompanhar os progressos da Sociedade no mundo, em ação perseverante    do   Conselho   Geral    para   adaptar    a   tarefa   destas
Conferências às necessidades atuais, ficando ao mesmo tempo, fiel ao espírito que Frederico Ozanam e seus primeiros companheiros infundiram na Sociedade há mais de um século".

O Concílio Vaticano II, instalado pelo Papa João XXIII em 11 de novembro de 1962, propunha-se, no dizer do Papa, adaptar e atualizar a  Igreja  ao  mundo  moderno,  sendo  esse  ato,  chamado   por  ele  de
"aggiornamento". Seria à volta às fontes evangélicas.


Seguindo o aconselhamento do Papa João XXIII e os princípios e ensinamentos do Concílio Vaticano II, em Assembléia Plenária do Conselho Geral da SSVP, realizada nos dias 21 a 24 de abril de 1963, por ocasião do 150° aniversário do nascimento de Frederico Ozanam, chegaram à diversas Resoluções.

Para o que nos interessa no momento, a Resolução n° 4, assim dizia: O Conselho Geral resolve que ...
         
           = ficarão à disposição dos Conselhos locais e entregues à criação                das Comissões de Expansão para:

           a) dar a conhecer a Sociedade, 
           b) Organizar escolas de caridade, etc.

2. A REUNIÃO INTERPROVINCIAL DE SÃO PAULO
Posteriormente, em maio de 1965, realizou-se uma Reunião Interprovincial do Conselho Metropolitano de São Paulo, em Barueri-SP, com a finalidade de estudar e analisar a mesma temática da Assembléia Plenária do Conselho Geral. Essa reunião foi em preparação ao Primeiro Encontro Vicentino Nacional, realizado de 21 a 25 julho de 1966,  no  Rio  de  Janeiro  e,  também,  em  preparação  da  Assembléia
Pan-americana, realizada de 25 a 30 de janeiro de 1966, na Capital de São Paulo.

3. 1º ENCONTRO VICENTINO NACIONAL  


Vejamos como foi a resolução aprovada no 1º Encontro Vicentino Nacional, item VII: 

Divulgação, Proselitismo e Expansão da Sociedade: "Recomenda-se a fundação de Escolas Frederico Ozanam para a formação dos confrades. Recomenda-se a instituição de Centros de Estudos Frederico Ozanam como órgão de difusão e cultura e de promoção da Sociedade nos meios intelectuais. Recomenda-se também a colaboração entre os núcleos vicentinos e as escolas de serviço social".

4. ASSEMBLÉIA PAN-AMERICANA


Essa Assembléia Pan-americana, solicitada pelo Conselho Geral de Paris, tinha por finalidade estudar a situação da SSVP nas Américas e levar as conclusões à Reunião Plenária da SSVP que se realizaria em Paris - França, em 1967.

Todas essas Assembleias citadas, seja de âmbito nacional, estadual ou internacional, tiveram a oportunidade de, entre outro, examinar, estudar, debater temas voltados para a formação dos confrades e, posteriormente, das consocias que ingressariam na Sociedade.

5. ASSEMBLÉIA PLENÁRIA DO CONSELHO GERAL


O Conselho Geral realizou a Assembléia Plenária de 19 a 24 de outubro de 1967, e aprovou as seguintes resoluções, no que se referia a Formação dos Confrades: 
        
       Comissão nº 3 -Adaptação da Sociedade de São Vicente de Paulo ao Mundo Moderno - Síntese da Comissão nº 3:
       
        Quinta Parte: Formação dos Confrades - Questão nº 13:

As respostas a estas questões diferem segundo os países. Alguns estimam que a participação nas obras da Sociedade, a presença nas reuniões, a leitura do boletim, a visita aos pobres, e o diálogo com eles, bastam para inculcar nos confrades o espírito vicentino, e realizar sua formação. Outros países puseram em aplicação, vários meios de formação, variando, ainda assim, segundo os países. Pode ser resumido como segue:
    
- Visita regular das Conferências pelos Conselhos dos quais dependem -
reunião dos Presidentes - retiros espirituais - jornadas de recolhimento 
escolas de caridade (exposições sobre a caridade) - seminários para a formação dos dirigentes - edição  de folhetos  de informações sobre as
questões sociais. Mas é enfatizada a necessidade de equilibrar a formação espiritual doutrinal e os conhecimentos práticos. Para a formação doutrinal e espiritual dos confrades a ação dos capelães das Conferências é primordial.Ter o cuidado de evitar a multiplicidade das reuniões que arriscaria desencorajar os jovens e as pessoas muito ocupadas.


RESOLUÇÃO: Considerando o decreto conciliar sobre o Apostolado dos Leigos, a Sociedade verifica o interesse que há em prosseguir, nas melhores condições, a formação dos confrades, e em adaptá-la às particularidades de cada país.

Esta formação deve interessar tanto aos novos membros e aos jovens
como aos confrades antigos. Devemos todos procurar aperfeiçoar:

  • Nosso espírito fraternal, tanto em relação aos confrades quanto às pessoas que visitamos;
  • Nossos conhecimentos sociais: doutrina da Igreja a este respeito,leis sociais, organismos diversos de caridade ou de ajuda social;
  • Nossos conhecimentos das diferentes técnicas postas em prática para auxiliar o próximo.
Estas resoluções foram adotadas por unanimidade em 24/10/1967.

RESOLUÇÃO DE M. HUGHES (Escócia - Glasgow):
A Sociedade  deverá  continuar  a  atrair  novos  membros, em particular
jovens,  a provocar  a  confiança  e  o  apoio da  Igreja,  das  instituições
governamentais e locais, de outras organizações, e dos simpatizantes da ação caritativa, na medida em que ela, responda à esperança do mundo moderno e onde ela seja considerada como tal. Para cumprir isto, a aplicação rigorosa das conclusões de nosso trabalho, por todos os Conselhos e Conferências, é da mais alta importância.

Esta resolução foi adotada por unanimidade em 24/10/1967.

6. AS COMISSÕES DE JOVENS


Um dos grandes temas da Assembléia Pan-americana e que suscitou calorosos debates foi o tema "Atuação da Sociedade entre a Juventude". Das  conclusões  desse  tema,  a  principal  foi sem dúvida a
resolução que recomendava a formação de "Comitês de Jovens" nos Conselhos. O Conselho Central de São Paulo, sem perda de tempo, convocou para o dia 14 de março de 1966 uma reunião com jovens na sede da Sociedade, a Rua da Consolação, 374, São Paulo-SP.

Nessa reunião de 14 de março, falou aos jovens presentes, o Confrade Prof. Paulo Sawaya, Presidente do Conselho Metropolitano de São Paulo, que relatou os resultados da Assembléia Pan-americana e do extraordinário interesse dos Conselhos em não medir esforços para atrair a juventude para a SSVP e expôs as medidas que estavam sendo estudadas para serem adotadas entre nós, ou seja, a organização de "Comitês de Jovens", movimentos de estudantes, palestras, cursos e a instalação da Escola de Caridade Frederico Ozanam, nos moldes das já existentes em outros países. Encerrou convidando os jovens para outra reunião no mês seguinte.

No mês seguinte, realizou-se uma reunião do Conselho Central de São Paulo, com jovens de diversos Conselhos Particulares e que contou com a presença do presidente do Conselho Metropolitano, Paulo Sawaya e do Diretor Espiritual dos Conselhos Central e Metropolitano, Dom Ernesto de Paula, Bispo Auxiliar de São Paulo. Era o dia 23 de abril de 1966. A 133 anos da fundação da 1a. Conferência por Frederico Ozanam e seus
companheiros. 


Podemos assinalar essa data como o início do Movimento da Juventude Vicentina em São Paulo e no Brasil e que depois veio a se chamar "Comissão de Jovens". 

Desde o início previu-se que teriam os jovens sérias dificuldades para executar as tarefas que atenderiam suas finalidades. O início tornou-se muito difícil para os jovens devido a pouca ou quase nenhuma formação e tudo o que se foi conquistando foi a custa de muita persistência e sacrifícios.

O Movimento de Juventude cresceu e alastrou-se, principalmente para as cidades interioranas. As Comissões de Jovens foram surgindo nos Conselhos Centrais e Particulares e foi-se verificando o ingresso de muitos jovens na Sociedade, principalmente no interior do Estado de São Paulo.

Devido a falta de literatura e publicações de formação religiosa e vicentina, a formação dos confrades e consocias era precária. Com a inexistência de cursos, passou-se a exercer certa pressão nos diversos escalões da Sociedade. Depois de muitos questionamentos e promessas para se oficializar e regulamentar as Escolas de Ozanam, o Conselho Superior do Brasil, como era denominado na época, em junho de 1982, e em cumprimento a Regra, baixou a "Instruções para Escola de Caridade  Frederico Ozanam". Levou 15 anos para sair essas instruções.

7. APOSTILHA DO CURSO BÁSICO

Em 1983, o Conselho Superior publicou a 1a. Edição da "Apostilha do Curso Básico", da Escola de Caridade Frederico Ozanam. Em 1998 o Conselho Nacional do Brasil da SSVP publicou a 1a. Edição do Manual de Orientação e os Módulos de 1 a 6 da Escola de Caridade Antônio Frederico Ozanam - ECAFO.

A REGRA DA SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO


Dizia o ilustre e insigne mestre do Direito, Confrade Raul Romeu Loureiro que "todas as atividades da vida do homem, em sociedade, são disciplinadas  por  princípios  normativos,  para  cuja  execução  existem
regras. As regras de qualquer atividade humana, por sua vez, estão sujeitas a convivência pacífica universal, através da hermenêutica (¹) e aplicação do Direito. Sem conhecer, em primeiro lugar, o espírito, idéias e conceitos de maior amplitude de uma entidade organizada, não haverá compreensão adequada à observância das normas complementares. A Sociedade de São Vicente de Paulo é uma Sociedade organizada e a ela se aplicam os princípios supra referidos". Vejamos sucintamente, como a Regra, ao longo do tempo, tratou do tema "formação".

(¹) (Hermenêutica: arte de interpretar o sentido das palavras alheias - Jurid: arte de interpretar as leis jurídicas e a origem do direito - Teologia.: arte de interpretar o verdadeiro sentido dos textos sagrados).(Aulete).

I. O PRIMEIRO REGULAMENTO


O Regulamento de dezembro de 1835 é aquele que desde o início nos lembra que "a Sociedade de São Vicente de Paulo é uma amizade já feita, e quem nela entra, incorpora-se a uma família bem unida" e no capítulo 11, Ordem das Sessões, em seu artigo 15°, parágrafo 3° nos adverte que "Tanto a oração como a leitura, hão de ser feitas com a maior atenção, pois o fim da Conferência não é apenas socorrer os pobres, mas também fomentar a piedade dos seus membros". A nota deste artigo nos alerta para o fato de que "a leitura espiritual deve ser feita   com   atenção   e   não   há   de   ser   demasiado   comprida  nem 
excessivamente curta", esclarecendo adiante que "os livros mais e uso nas Conferências para leituras espirituais, são os Santos Evangelhos, a Imitação de Cristo, as biografias de São Vicente de Paulo e de Ozanam, a Introdução à Vida Devota de S. Francisco de Sales". "É indispensável repetir, ao menos uma vez por outra, a leitura do Regulamento e do presente comentário".

Nossos fundadores elaboraram, dois anos após a fundação da primeira Conferência, o seRegulamento, abrangendo cinqüenta e nove (59) artigos, fixando-se: sua denominação, seus objetivos sua organização. Esse Regulamento vigorou até o ano de 1968, quando se processou a primeira alteraçãogerando a "Nova Regra".

II. A NOVA REGRA
Na Assembléia Geral de outubro de 1967, acima referida, além do tema já citado, tratou-se de outros assuntos de suma importância, e entre eles, destacamos os seguintes: Fusão dos ramos feminino masculino da SSVP; União Fraternal entre as Conferências de países ricos e pobres (Jumelage)
Diretrizes a serem observadas pela Comissão de Redação, para a atualização da Regra em vigor

Recebido os pareceres, o texto foi revisto e promulgado em 1 ° de julho de 1968, pelo Conselho Geral.
A "Regra" atualizada foi adotada em caráter experimental durante os anos de 1968 a 1973, sob a denominação de "Nova Regra".
Precedia a Regra um PREAMBULO redigido pelo Presidente Geral Pierre Chouard, em que é apresentado em suas linhas fundamentais o que é e o que desejaria ser a SSVP no mundo moderno.
Entre as várias inovações, uma aborda o assunto de interesse deste trabalho: o artigo 30° assim trata da formação dos confrades e consocias: " ..... Organizam, na  medida do possível, cursos de formação destinados aos confrades e futuros confrades, referentes a temas espirituais, à vocação vicentina e problemas de ação e de assistência social".


III. A REGRA DEFINITIVA
       Pela Assembléia Plenária do Conselho Geral, realizada nos dias 8 a 14 de setembro de 1973, em Dublin, na Irlanda do Norte, convocada e presidida pelo Confrade Henri Jacob, foi aprovada a REGRA definitiva, oriunda do texto da "Nova Regra" e das sugestões apresentadas pelos Presidentes dos Conselhos Superiores de vários países.

O importante é que nessa Plenária do Conselho Geral, foi conferido aos Conselhos Superiores ou Nacionais, o poder de adaptarem a Regra às leis e costumes dos países.

Foi o que foi feito pelo Conselho Superior do Brasil em Assembléia Geral Plenária, realizada em Salvador, Bahia, de 4 a 7 de abril de 1974, e sancionado pelo Conselho Geral em junho de 1974.


No que se refere a formação, dois artigos contemplaram esse tema. O artigo 20°, que em seu conteúdo dizia que os Conselhos em todos  os  seus  escalões,  
" ... Organizam,  sempre  que possível, retiros espirituais, encontros, assembleias, congressos e cursos de formação destinados à Confrades e candidatos". Já o artigo 21° e seu parágrafo único estava assim redigido: 
"Especial atenção será dada à criação, organização e manutenção da Escola Ozanam, cujos programas versarão sobre formação religiosa, vocação vicentina, problemas de ação e justiça sociais, supervisionados pelo escalão imediatamente superior". 
§ único: "A estruturação oficial da Escola Ozanam será objeto de instrução especial do Conselho Superior, cabendo aos diversos Conselhos, providenciar sua adaptação às condições peculiares da comunidade.
IV. A REGRA ATUALIZADA


Em abril de 1977, na 3a. Reunião Plenária do Conselho Superior do Brasil, realizada em Barueri-SP, foi revisado e atualizado o texto da Regra que fora sancionado pelo Conselho Geral em setembro de 1973



Sobre o assunto formação, assim ficou os textos da Regra: 

Artigo 19° - Os Conselhos de todos os escalões, (...) "f) organizam, sempre que possível, retiros espirituais, encontros, assembleias, congressos e cursos de formação destinados a Confrades, Consocias e candidatos. 

Artigo 20° - Especial atenção será dada à criação, organização e manutenção da Escola de Caridade Frederico Ozanam, cujos programas 

versarão sobre formação cristã, vocação vicentina, problemas de ação e justiça sociais, supervisionado pelo escalão imediatamente superior.  

§ 1° - A estrutura oficial da Escola de Caridade Frederico Ozanam será objeto de instrução especial do Conselho Superior, cabendo aos diversos Conselhos providenciar sua adaptação às condições peculiares da comunidade. 
§ 2º - Cada Conselho Metropolitano deverá designar entre seus membros um Coordenador para supervisionar as atividades da Escola de Caridade Frederico Ozanam. 
§ 3° - Os Conselhos Centrais deverão estar preparados para instalar, pelo menos, uma Escola de Caridade Frederico Ozanam em sua circunscrição.
V. A REGRA - NOVA ATUALIZAÇÃO: 1989

Texto do Regulamento da SSVP no Brasil, revisto e aprovado na VI Reunião Plenária do Conselho Superior do Brasil, Rio de Janeiro, RJ, outubro de 1988, de acordo com as deliberações da 7ª Assembléia Internacional da Sociedade (Dublin, setembro de 1973) e sancionado pelo Conselho Geral (Paris, janeiro de 1989).
CAPÍTULO VI - Da Escola de Caridade Antonio Frederico Ozanam.

Art. 53 - Os Conselhos Metropolitanos e Centrais darão especial atenção à criação, organização e manutenção da "Escola de Caridade Antônio Frederico Ozanam", cujos programas versarão sobre formação cristã, vocação vicentina, problemas de ação e justiça sociais.
§ 1°. - A estrutura oficial da "Escola de Caridade Antônio Frederico Ozanam" será objeto de instrução especial do Conselho Superior do Brasil, cabendo aos diversos Conselhos providenciar sua adaptação às condições peculiares da comunidade.
§ 2º. - Os livros-textos oficiais, a serem adotados nos cursos da "Escola de Caridade Antônio Frederico Ozanam", são aqueles publicados pelo Conselho Superior do Brasil.
§ 3°. - Os Conselhos Metropolitanos deverão designar, entre seus membros, um coordenador para supervisionar as atividades da "Escola de Caridade Antônio Frederico Ozanam", em consonância com as diretrizes e a orientação do Conselho Superior do Brasil.
§ 4°. - Os Conselhos Centrais deverão estar preparados para instalar, em suas circunscrições, pelo menos, uma "Escola de Caridade Antônio Frederico Ozanam".
§ 5°. - Por delegação do Presidente do Conselho Central, ouvido o Conselho Metropolitano, os Conselhos Particulares poderão instalar uma "Escola de Caridade Antônio Frederico Ozanam" em sua circunscrição, sob a orientação direta do respectivo Conselho Central.

VI. A REGRA - NOVA ATUALIZAÇÃO: 1998

Texto do regulamento da SSVP no Brasil, revisto e aprovado na VIII Reunião Plenária do Conselho Nacional do Brasil, realizada em Belo Horizonte, MG, em dezembro de 1996, de acordo com as deliberações da 7ª. Assembléia Internacional da Sociedade (Dublin, setembro de 1973) e sancionada pelo Conselho Geral Internacional (Paris, 27 de março de 1998).
Deu nova redação ao artigo 53 e ao parágrafo 4°, permanecendo os demais com a redação anterior, exceto o nome do Conselho, que passou a ser CONSELHO NACIONAL DO BRASIL. Pela primeira vez, aparece na Regra a palavra "ECAFO".
Art. 53 - Os Conselhos Metropolitanos e Centrais deverão criar, organizar e manter a "Escola de Caridade Antônio Frederico Ozanam (ECAFO)", cujos programas versarão sobre formação cristã, vocação vicentina, problemas de ação e justiça sociais.
§ 4°. - Ao ingressar na Conferência, recomenda-se que o novo membro participe do curso básico da "Escola de Caridade Antônio Frederico Ozanam".

VII. A REGRA ATUAL: 2004


O texto do Regulamento da SSVP foi aprovado durante a 10ª Assembleia Plenária Nacional da SSVP, realizada pelo Conselho Nacional do Brasil de 12 a 15/11/2004, em Belo Horizonte – MG, e homologado pela Secção Permanente do Conselho Geral, órgão diretivo da Confederação Internacional da SSVP no mundo, em reunião de 17/05/2006.
        
Foram muitas as inovações e alterações do Regulamento anterior. No que se refere a formação das consocias e dos confrades assim ficaram os textos concernentes:
        Artigo 13º. ...

§ 1°. - Para ser proclamado é necessário que o aspirante tenha, no mínimo, feito a Primeira Eucaristia e o Módulo de Formação Básica da Escola de Capacitação Antonio Frederico Ozanam - ECAFO. (Artigo 133, § 3º).

ECAFO

Capítulo IV - Das Escolas de Capacitação 

Antônio Frederico Ozanam - ECAFO

Artigo 131 - Os Conselhos Centrais deverão criar, organizar e manter uma Escola de Capacitação Antônio Frederico Ozanam - ECAFO, cujos programas versarão sobre a formação cristã, vocação vicentina e questões de Justiça Social.
Artigo 132 - Será incentivada a implantação da ECAFO nos Conselhos Particulares aplicando-se, no que couber, as normas deste Capítulo.
Artigo 133 - A estrutura da ECAFO será objeto de Instrução Normativa oficial do Conselho Nacional do Brasil, cabendo aos diversos Conselhos providenciar sua adaptação às condições peculiares de cada comunidade.
§ 1º. Os livros-textos adotados nos cursos serão publicados pelo Conselho Nacional do Brasil.
§ 2º. A forma de aplicação do conteúdo da ECAFO está contida no seu "Manual de Instrução", podendo, de acordo com cada região ser adaptada (formas diferentes de aplicação), porém nunca descaracterizada (mudança do conteúdo dos Módulos).
§ 3°. Ao ingressar em uma Conferência, o Aspirante deverá participar do Módulo de Formação Básica da ECAFO, antes de ser proclamado. (Artigo 13, Parágrafo único).
Artigo 134 - A ECAFO nos Conselhos Centrais e, quando possível, nos Conselhos Particularesserá constituída por: 
       I)    um coordenador;
       II)   equipe de serviço; e
       III)   corpo docente.
Artigo 135 - A Coordenação Nacional da ECAFO será constituída pelo seu Coordenador e pelos Coordenadores Regionais.
Artigo 136 - Quando possível, e sempre respeitado o conteúdo, a estrutura e a espiritualidade vicentina, o Assessor Espiritual seja convidado a participar e colaborar na organização e realização dos cursos promovidos pela ECAFO.
Artigo 137 - O Coodenador da ECAFO participa da Diretoria do Conselho (Artigos 95; 98; 102), com direito a voto.
Parágrafo Único. Para Ser nomeado Coordenador da ECAFO é preciso ser Associado (confrade ou consocia), com atividade vicentina ininterrupta de pelo menos: 
I)   2 (dois) anos, para Conselhos Particulares ou Conselhos                          Centrais; e
     
II)  4 (quatro) anos, para Conselhos Metropolitanos ou Conselho                  Nacional do Brasil. 


Artigo 138 - A Coordenação de ECAFO, dentre outros direitos e deveres, compete:
       
  I)   proporcionar formação católica e vicentina, orientando sobre a doutrina social da Igreja Católica e temas de atualidade e relevância da SSVP, que constarão nos módulos oficiais dConselho Nacional do Brasil;
     
  II)  organizar cursos de alfabetização, cursos profissionalizantes, de formação bíblica ou outros de interesse regional, buscando sempre parceria com entidades particulares ou com o podepúblico, quando possível; e

III) criar uma equipe de serviço e um corpo docente, para a Escola de Formação Permanente, encarregada da aplicação do "Manual de Instrução", se necessário adaptado àcondições e peculiaridades locais e com formas criativas.

Artigo 139 - São atribuições do Coordenador da ECAFO:
I)  Coordenar, planejar e supervisionar as atividades;

    II) Efetuar e remeter ao Conselho a que estiver vinculado, o Relatório Anual de Atividades;
         
III) Manter o Conselho a que estiver vinculado informado sobre todos os trabalhos realizados, comparecendo às suas reuniões e apresentando relatório;
         
IV) Estabelecer relacionamento cordial entre as Unidades Vicentinas de sua área de atuação, visitando-as com regularidade e dedicando atenção aos jovens engajados, procurando incentivar inscrição e freqüência nos cursos de formação;
         
V)   Trabalhar em harmonia com o agir pastoral da Igreja Católica;
         
VI) Criar meios para propiciar a formação à distância para os novos membros e para atualização dos confrades e consocias;

VII) Efetuar reuniões mensais; e


VIII) Fornecer, como estímulo, um certificado pela freqüência e conclusão, em cada módulo, na ECAFO.

Outros assuntos referentes à ECAFO poderão ser vistos nos artigo 46, inciso VII; 95; 98; 102; 103, inciso V; 109, § únicoinciso II ; 117, inciso IV.



CURSOS REALIZADOS

“A ASSISTÊNCIA VICENTINA E O CURSO DE FREDERICO OZANAM”


Por iniciativa do Confrade, Dr. Vicente Melillo, fundador da Assistência Vicentina de São Paulo e em comemoração pela tradução dos dois volumes das cartas de Antônio Frederico Ozanam pelo, também Confrade, Dr. João Pedreira Duprat, realizou-se na sede da Assistência Vicentina de São Paulo, na Rua Aureliano Coutinho, 109, Santa Cecília, São Paulo-SP, o "Curso de Frederico Ozanam", com aulanoturnas as sextas-feiras, no período de outubro de 1957 a maio de 1959. Participaram como palestrantesBispos, Padres e leigos e, principalmente vários vicentinos, entre eles os confrades Paulo Sawaya, OscaAmarante, José Amadei, Vicente de Paulo Melillo, Antonio Luiz Traina, João Pedreira Duprat, Antonio MariEspósito.

Do curso citado, surgiram dois livros: "A Assistência Vicentina e o Curso de Frederico Ozanam" e "Reflexões de Ozanam", infelizmente esgotados.

A ESCOLA DE CARIDADE OZANAM 

NORTE AMERICANA (USA)


O Conselho Superior do Brasil divulgou no Boletim Brasileiro de julho a setembro de 1967 que "o Conselho Central Arquidiocesano de São Francisco, Califórnia, EUA, organizou um curso de instrução e de informação para os vicentinos e aos que desejam ser vicentinos. É um método prático e eficiente de propaganda do que é a Sociedade de São Vicente de Paulo. O método de funcionamento das Escolas de Caridade Ozanam e o resumo das lições foram publicados em livro de orientação".

Frei Edmundo Fox, O.F.M. de Anápolis, Goiás, em colaboração com confrades de Anápolis, Goiânia e Ceres, empreendeu a tradução do livro e o Conselho Central Diocesano de Anápolis imprimiu-o.

A revisão e comentários foram feitos pelo Confrade Paulo Sawaya e sua esposa, Consocia Sonia de Barros Sawaya, de São Paulo.


ESCOLA DE CARIDADE ANTÔNIO FREDERICO OZANAM
SÃO PAULO - SP


Instalado na Capital de São Paulo, o 1°. curso de formação e aperfeiçoamento de vicentinos, promovido pelo Conselhos Metropolitano  de  São  Paulo, iniciou  as  atividades, no país, da "Escola
Frederico Ozanam
", moldada no texto impresso pela SSVP da Arquidiocese de S. Francisco, Califórnia, USA.


Seu programa bem definido, chamado de "curso piloto", foi ministrado de 27 a 30/09/1972, com a ideia de levar a Escola e suas normas  a todo o Brasil, de acordo com o desejo  do Conselho  Superior  do Brasil - CNB.

Contribuindo para isso, o Conselho Metropolitano de S.Paulo ofereceu bolsa de estudo aos Conselhos Metropolitanos e Centrais do país, que foram concedidas conforme as instruções que o Conselho Superior (CNB) enviara aos Conselhos referidos.

Também participaram confrades da Capital e de diversas cidades do interior paulista. 

Com as bênçãos de S.Excia.Revma. Dom Ernesto de Paula, Bispo Auxiliar de São Paulo, assistente espiritual da SSVP em São Paulo, instalou-se o 1º. Curso da "ESCOLA FREDERICO OZANAM", no dia 27 de setembro de 1972. 

Foram estes os primeiros 26 alunos da Escola Frederico Ozanam: 

Gal. Luiz Guimarães Regadas, do Rio de Janeiro, RJ 
Romualdo Ferreira Ramos, de Governador Valadares, MG 
José Mendes Campos, de Barbacena, MG 
Geraldo Alves Pinto, de João Monlevade, MG 
Wanderley José Francisco, de Bauru, SP 
Pedro Marçon Filho, de Taubaté, SP 
Roberto Lemes Cardoso, de Mogi das Cruzes, SP 
João Martins de Araújo, de Goiânia, GO 
Francisco Nonato de Souza, de Teresina, PI 
Agenor Alves, de Ouro Preto, MG 
Ademar José Pamplona, de Curitiba, PR 
Ronam Mendonça Ribeiro, de Franca, SP 
Geraldo Ottoni Costa, de Conselheiro Lafaiete, MG 
Padre Luiz França, de Nova Iguassú, RJ 
Edison Piacentine, de Piracicaba, SP 
José Jorge, de Ouro Preto, MG 
Jerônimo Martins da Costa, de Itabira, MG 
Waldemar Teixeira Capuchinho, de Anápolis, GO 
Leônidas Rodrigues, de Goiânia, GO 
Dna. Juraci Brás de Freitas, de São Sebastião, SP 
Regynaldo Zavaglia, de São Carlos, SP 
Antonio Sávio Câmara, de Bragança Paulista, SP 
João Fioravante Volpe Neto, de Franca, SP 
Rafael Janantonio, de Franca, SP 
Francisco Eloy Bruno Alves, de Fortaleza, CE 
José Anastácio, de Conselheiro Lafaiete, MG 

O corpo docente da Escola que ministrou vinte aulas pelo sistema intensivo, esteve assim constituído: 

Revmos. Padres José Mayer Paine e Luciano Túlio Grilli; 

Confrades: 

Paulo Sawaya 
Moacyr Baptista Pereira 
Raul Romeu Loureiro 
Helio Gomes de Moraes 
Helio Damante 
Antonio Luiz Traina 
Antonio S. Viana 
Assistente Social: Dna. Hilda C. Zanini Torano, da Caritas Arquidiocesana de S.Paulo.

Ao término das aulas, o Confrade Antonio Maria Espósito, Presidente do Conselho Metropolitano, parabenizou os professores dizendo: "A essa magnífica equipe de autênticos apóstolos de Cristo, que a todos edificou pelo seu preparo e pela sua dedicação à causa vicentina, os melhores agradecimentos da direção da Escola. 

Após o término do curso intensivo, na noite do dia 30/09 procedeu-se a sessão de encerramento da qual participaram os confrades alunos e docentes, assim como vários confrades e consocias de São Paulo.
O Cfd. Espósito convidou o Cfd. Baptista Pereira a fazer entrega do Certificado do Curso aos confrades alunos e, em seguida, agradeceu a todos os que colaboraram para a realização do antigo desejo de ver uma Escola de Formação Vicentina atuando em nosso meio; exortou os confrades visitantes a aplicarem em suas regiões, as experiências que a iniciativa suscitara. 

Foi confortador constatar que os confrades inscritos na Escola participaram de todas as aulas com grande interesse e que, unanimemente, aplaudiram a realização do Conselho Metropolitano de São Paulo, a qual, aliás, veio corresponder a um desideratum do Conselho Superior do Brasil. 

Na oportunidade, o Cfd. Moacyr Baptista Pereira, Presidente licenciado do Conselho Superior do Brasil (CNB), foi alvo de fraterna manifestação de apreço, acompanhada de votos para que o breve restabelecimento de sua saúde lhe permita retornar ao cargo que tanto tem dignificado. 

No dia seguinte, por ocasião das festividades comemorativas do 1º Centenário da Fundação da SSVP no Brasil, S.Excia.Revma. Dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo de S. Paulo, cientificado da instalação da Escola, manifestou sua alegria pelo acontecimento e cumprimentou a cada um dos alunos presentes no Ibirapuera, local das comemorações. (A.M.E.) 

(transcrito da revista Voz de Ozanam, vol. 8, n? 2, set.-out. de 1972). 

AS 20 AULAS DO 1°. CURSO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO 

RELIGIOSAS 
A Caridade, uma Virtude Teologal 
Vida Espiritual- Uma Norma de Vida Vicentina 
A Oração na Vida do Vicentino 
Noções da Bíblia para o Apostolado Vicentino 
A Caridade e o Apostolado Leigo 
A Promoção Humana - Doutrina Social da Igreja 

VICENTINAS 
História da Sociedade de São Vicente de Paulo 
Organização da SSVP - A Conferência - Os Conselhos 
A Caridade e a SSVP - Uma Vocação - Um Engajamento 
O Pobre - O Serviço do Pobre 
Resumo da Vida de São Vicente de Paulo 
Resumo da Vida de Antônio Frederico Ozanam 
A SSVP: Uma Inspiração Divina 
A Visita Domiciliar ao Assistido - Sindicância 
Uma Conferência em Funcionamento 
Os Presidentes na SSVP 
A Regra da SSVP 
Os Jovens e a SSVP 
Relacionamento com o Clero 
A Caridade, um Esforço em Conjunto 


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O 2° e o 3° CURSO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE SÃO PAULO 


O 2° Curso foi realizado no mês de dezembro de 1972, no molde do 1º. Curso, para os Confrades e Consocias da Capital de São Paulo. 

0 3° Curso foi realizado em São Paulo, de 30/03/1973 a 15/06/1973 em 20 (vinte) aulas realizadas nas sextas-feiras, no período noturno. Manteve o mesmo corpo docente dos dois primeiros e as aulas foram praticamente as mesmas, com pequenas modificações. 


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A MODERNIZAÇÃO DAS ECAFOS 

Nos idos de 1996, os Confrades Eduardo Marques Almeida e Sideny de Oliveira Filho, resolveram executar algo que a algum tempo vinham discutindo e analisando a viabilidade de realização de um projeto: criar uma dinâmica diferente para a Formação Vicentina.

Nesta dinâmica deveriam estar incluídos recursos audiovisuais disponíveis e utilizados nos círculos de treinamento das universidades e empresas. 

Logo perceberam que a diversidade destes mecanismos, seus custos e aplicabilidade não seria exequível em todas as localidades deste imenso País. A verdade era que nem todos poderiam dispor de recursos mais modernos (para a época), mas não poderia ser esta limitação que os impediria de avançar em busca da Ecafo sonhada. 

Assim, traçaram um roteiro de conteúdo, ou seja, uma grade de matérias e temas, que deveriam ser tratados. A cada grupo de temas, deram o nome de MÓDULO, nome posteriormente adotado pela Escola oficial do CNB. Foram então preparados: filmes (vídeos) transparências, slides, e apostilas impressas. 

Foi feito um filme romanceado sobre Ozanam, elaborado por uma empresa profissional, sendo o resultado considerado muito bom para a época. 

Estes materiais, que até hoje são atuais, produzidos numa linguagem super apropriada para esta geração e que atende plenamente as necessidades das Ecafos, permanecem, inexplicavelmente, escondidos. 

O Confrade Sideny, como dirigente da Ecafo do Conselho Central de São Paulo, durante quatro anos organizou as Escolas de Ozanam nos moldes acima expostos, nos quais participaram cerca de 2000 confrades e consocias. 

Outra novidade foi inovar o local das Ecafos: a ousadia foi sair das paróquias ou salas absolutamente despreparadas, para salas de convenções de um hotel, que proporciona vários recursos e vantagens. 


FINALIZANDO e .... NÃO TERMINANDO 

A pedidos, tentamos trazer a lume um assunto que vez ou outra aflora nos lábios dos encarregados das Ecafos: "como surgiram as Ecafos?". 

Procurei, com boa vontade, com os meus parcos conhecimentos e material, iniciar o que poderíamos chamar de "História das Ecafos". 

Está claro que, o acima exposto, não esgota o assunto. Assim sendo, espero que vicentinos e vicentinas, que vierem ler esse trabalho, e tenham conhecimentos que possam enriquece-lo, e querem colaborar, solicito a gentileza de enviar para um desses endereços: 

mmaringulo@outlook.com 

ou 

Mário Maríngulo 
Rua Inajatuba, 184 - Vila Guarani 
Cep 01347-230 - São Paulo - SP 

Cfd. Mário Maríngulo 
Coordenador do Decom do Conselho Metropolitano de São Paulo  

Membro da Conferência Nossa Senhora de Loreto, do Conselho Particular Saúde, do Conselho Sudeste de São Paulo - SP 



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