Hino das Laudes do 7º dia da Oitava de Natal
31 de Dezembro
" Do sol nascente ao poente
cantai fiéis, neste dia,
ao Cristo Rei que, por nós,
nasceu da Virgem Maria.
Autor feliz deste mundo,
tomou um corpo mortal.
A nossa carne assumindo,
livrou a carne do mal.
No seio puro da Virgem
entrou a graça dos céus.
Em si carrega um segredo
sabido apenas por Deus.
O casto seio da Virgem
se faz Templo de Deus.
Gerou sem homem um Filho,
o Autor da terra e dos céus.
Nasceu da Virgem o Filho
que Gabriel anunciou,
em quem no seio materno
João, o Batista, exultou.
Não recusou o presépio,
foi sobre o feno deitado;
quem mesmo as aves sustenta
com leite foi sustentado.
Do céu os coros se alegram,
os anjos louvam a Deus.
Pastor se mostra aos pastores
quem faz a terra e os céus.
Louvor a vós, ó Jesus,
que duma Virgem nascestes.
Louvor ao Pai e ao Espírito
no azul dos paços celestes."
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Um lugar
para
JesUs
Nem o melhor
poeta ou o mais
famoso escritor
conseguiria
descrever,
com a simplicidade
e a objetividade do
evangelista
São Lucas, o
que aconteceu na noite de Natal:
"Enquanto (José
e Maria) estavam em
Belém,
completaram-se
os dias para
o parto, e
Maria deu à luz
o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e
o colocou
na manjedoura, pois não
havia lugar
para eles
na hospedaria".
(Lc 2,6-7).
Essa
criança já tinha um
nome, pois, na
Anunciação, o Anjo
Gabriel
tinha dito: "Conceberás
e darás à luz um
filho, e lhe
porás o nome de Jesus"
(Lc 1,31). E quem
era Jesus?
Segundo o Anjo
Gabriel,
"Ele será
chamado Filho do
Altíssimo"; ocupará
o trono de
Davi, seu pai; "reinará para
sempre sobre
a descendência de Jacó,
e o seu reino não
terá fim" (ver Lc 1,32-33).
Para José, o Anjo do Senhor
havia até
explicado
a razão da escolha do nome Jesus: "Tu lhe
porás o nome de Jesus, pois
ele vai salvar
o seu povo dos seus pecados"
(Mt 1,21).
O Filho
do Altíssimo, o
novo ocupante do trono de Davi,
aquele cujo reino não terá
fim, o que foi esperado durante
longos séculos
pelo povo
de Israel, foi
colocado
em uma manjedoura.
A natureza mineral dava
ao Filho do
Altíssimo uma gruta;
o mundo animal
lhe emprestava o
tabuleiro
onde era
colocada
sua comida; na
cidade dos
homens, contudo, não
havia lugar
para o Filho
do Altíssimo.
Refletindo sobre a constatação:
"Não havia lugar para
eles na hospedaria",
o Papa
emérito
Bento XVI observou:
"De algum
modo, a humanidade
espera Deus.
No entanto, quando
chega o momento, não tem
lugar para
Ele. Ela está
tão ocupada consigo mesma, sente uma necessidade
tão imperiosa
de dedicar todo
o espaço e
todo o tempo para
as próprias coisas, que não
resta nada para
o outro: para o próximo, para o
pobre,
para Deus. E
quanto mais ricos se tornam
os homens,
tanto mais
preenchem tudo de
si mesmos" (24/12/2007).
Felizmente, a cena do Evangelho do Natal não termina com a afirmação "Não havia lugar" para ele! Houve pessoas que o acolheram. Maria, por exemplo, havia-se preparado para o nascimento de seu Filho: envolveu-o com faixas; José já começou a acolhê-lo quando, em sonhos, ouviu o Anjo lhe pedir que não tivesse receio de receber Maria como esposa, pois o que nela tinha sido gerado era obra do Espírito Santo (ver Mt 1,20).
Jesus foi acolhido por pastores dos arredores de Belém, segundo a descrição do evangelista Lucas: "Naquela região havia pastores ... ". Tendo visto anjos do Senhor envolvidos em luz e tendo ouvido seu anúncio - "Nasceu para vós um salvador ... Encontrareis um recém-nascido envolvido em faixas e deitado em uma manjedoura ... " -, os pastores foram a Belém. Com sua decisão de ir ao encontro do Salvador, eles passaram a representar todos aqueles que, ao longo dos séculos, acreditariam nos sinais de Deus e se voltariam para Seu Filho. Mais tarde, Jesus seria acolhido também pelos Magos do Oriente: que reconheceram sua divindade, prostraram-se diante dele e o adoraram, presenteando-o com os seus dons.
No
Natal, dando-nos Seu Filho muito amado, o Pai vem ao encontro da humanidade - isto é, vem ao encontro de cada um de nós, para que nos tornemos Seus filhos e filhas. Essa certeza levou o Papa Leão Magno (440-461) a proclamar: "Reconhece, cristão, tua dignidade! ".
Os primeiros cristãos,
ao olhar em
redor de si, tomavam consciência do mal, do pecado e
de inúmeras
manifestações de egoísmo, e
se perguntavam: "Afinal, que novidade trouxe o Senhor em sua vinda
ao mundo?". E
eles mesmos respondiam: "Jesus trouxe toda a novidade, trazendo-se a si
mesmo" (Santo
Irineu).
Jesus Cristo é a grande novidade do mundo.
Aceitando-o como Senhor de nossas vidas, também para nós começa uma nova época, uma nova história.
Com o carinho
de Maria, com a fé profunda de José, com
a alegre expectativa dos pastores, vamos,
pois, acolher aquele que nasce em Belém. A cidade de Belém é a casa de cada um
de nós; é
nosso coração; é
o altar onde Cristo se oferece por
nós e conosco ao Pai.
Hoje "nasceu para nós um menino" (Is 9,5).
Hoje nasceu para nós o Salvador. Bem-
vindo,
Menino Jesus! .,
Dom Murilo S. R.
Krieger
Homilia do Papa Francisco para o NATAL
Nesta noite, como um facho de luz claríssima, ressoa o anúncio do Apóstolo: "Manifestou-se a graça de Deus, que traz a salvação para todos s homens". (Tt 2,11).
A graça que se manifestou no mundo é Jesus, nascido da Virgem Maria, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Entrou na nossa história, partilhou o nosso caminho. Veio para nos libertar das trevas e nos dar a luz. N'Ele manifestou-se a graça, a misericórdia, a ternura do Pai: Jesus é o Amor feito carne. Não se trata apenas de um mestre de sabedoria, nem de um ideal para o qual tendemos e do qual sabemos estar inexoravelmente distantes, mas é o sentido da vida e da história que pôs sua tenda no meio de nós.
Os pastores foram os primeiros a ver esta "tenda", a receber o anúncio do nascimento de Jesus. Foram os primeiros, porque estavam entre os últimos, os marginalizados. E foram os primeiros porque velavam durante a noite, guardando o seu rebanho. (...) Com eles, nós nos detemos diante do Menino em silêncio. Com eles, agradecemos ao Pai do Céu por nos ter dado Jesus e, com eles, deixamos subir do fundo do coração o nosso louvor pela sua fidelidade: Nós Vos bendizemos, Senhor Deus Altíssimo, porque Vos humilhastes por nós. Sois imenso, e fizestes-Vos pequenino; sois rico, e fizestes-Vos pobre; sois onipotente, e fizestes-Vos frágil!
Nesta Noite, partilhamos a alegria do Evangelho: Deus nos ama; e nos ama tanto que nos deu o seu filho como nosso irmão, como luz nas nossas trevas. O Senhor repete-nos: "Não temais" (Lc 2,10). (...) Eu vos repito também: Não temais! O nosso Pai é paciente, ama-nos, dá-nos Jesus para nos guiar no caminho para a terra prometida. Ele é a luz que ilumina as trevas! (...) Ele é a nossa paz! Amém!
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Senhor, nesta Noite Santa,
depositamos diante de Tua manjedoura
todos os sonhos, todas as lágrimas e
esperanças contidos em nossos corações.
Pedimos por aqueles que choram
sem ter quem lhes enxugue uma lágrima.
Por aqueles que gemem
sem ter quem escute seu clamor.
Suplicamos por aqueles que Te buscam
sem saber ao certo onde Te encontrar.
Para tantos que gritam paz,
quando nada mais podem gritar.
Abençoa, Jesus-Menino,
cada pessoa de nossa família e de nossa
comunidade, colocando em seus corações
um pouco da luz eterna que vieste acender
na noite escura de nossa fé.
Fica conosco, Senhor!
Amém!
<>OO<>OO<>
Dentro de mim existe uma luz,
que me mostra por onde deverei
andar. Dentro de mim também
mora Jesus, que me ensina
buscar o seu jeito de amar.
Minha luz é Jesus.
Jesus me conduz.
Pelos caminhos da paz!
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