Curso Básico de Formação Vicentina
Vídeo aula
nº 1
Introdução ao Curso Básico
APRESENTAÇÃO
Em tempos idos, tive o prazer de acompanhar de perto os esforços de meu estimado amigo e companheiro de muitas "jornadas" nas lides vicentina, o confrade Sideny de Oliveira Filho que, com outro prezado amigo, confrade Eduardo Marques, tiveram a iniciativa e coragem de elaborar uma série de aulas gravadas em vídeo, e apresentá-las nas Ecafos que patrocinaram ao longo de quatro anos, e que tive a satisfação de participar de muitas.
Uma das razões que me levaram a organizar um blog foi a escassez de material didático na Sociedade de São Vicente de Paulo e poder divulgar parte do material que acumulei nesses muitos anos de vida vicentina. Daí, surgiu a lembrança de publicar, com o devido consentimento dos amigos acima citados, as referidas aulas gravadas em vídeo, que ficaram em minha memória, devido a excelência de seu conteúdo e, ainda, podem fazer muito bem aos confrades e consocias que se aventurarem pelo blog.
Ao ser consultado o Sideny assim contou a história dos vídeos, entre outras coisas:
"Estou aqui no Guarujá,
portanto sem o material que poderia complementar aquilo que a memória não
produzir, tentarei passar algumas linhas gerais para você. Tomara que ajude.
A ECAFO¹ QUE SONHAMOS FAZER
Nos idos de 1996, Eduardo Marques e eu, pensamos em criar uma dinâmica diferente para a Formação Vicentina.
Nesta dinâmica deveriam
estar incluídos recursos audiovisuais disponíveis e utilizados nos círculos de
treinamento das universidades empresas.
Por outro lado, percebíamos
que a diversidade destes mecanismos, deveriam contemplar as dificul-dades
enfrentadas pelas diversas localidades onde os vicentinos se encontram. Nem
todos poderiam dispor de recursos mais modernos (para a época), mas não poderia
ser por esta limitação que não avançaríamos.
Assim, começamos a
rabiscar o conteúdo para este material.
Primeiro, traçamos um
roteiro de conteúdo, ou seja, uma grade de matérias e temas, que deveriam ser
tratados. A cada grupo de temas, demos o nome de MÓDULO (nome que muitos anos
depois seria dado pela escola oficial do Conselho Nacional, aos fascículos de
temas).
Foram preparados então:
filmes, transparências, slides e apostilas Impressas. Foi um a verdadeira aventura,
pois não havia com tanta facilidade, meios para produção de filmes. Fizemos
tudo na raça: contratamos um rapaz que tinha equipamento de filmagem e software
para edição de filmes e sono-rização. Tudo muito amador, mas que deu resultado.
Apenas um filme romanceado sobre Ozanam é que foi feito por uma empresa profissional. O Eduardo contratou a mesma empresa que havia produzido um filme sobre São Francisco de Assis. Com roteiro e atores, o filme ficou muito bom para a época.
Pena que dentro da SSVP o ciúme acaba escondendo estes materiais que até hoje são atuais, numa linguagem super apropriada para esta geração.
Bom, com o material cobncluído, era preciso experimentar: ver se dariam o resultado esperado.
Foi dentro desta necessidade, que eu acabei aceitando o convite para coordenar a ECAFO do Conselho Central de São Paulo, na gestão do confrade Antonio Vicente. Era a oportunidade que precisavamos para fazer a experimentação.
A ousadia da época, foi
levar para um outro ambiente a ECAFO. Saímos das paróquias ou salas abso-lutamente
despreparadas, para salas de convenções (no caso num hotel no centro da cidade).Tudo a custo zero.
Sabíamos que a primeira
crítica seria com relação a um pseudo luxo ... Quando rebatíamos que
era de graça, as críticas eram mais amenas. Só depois de algum tempo, elas
cessaram. Foram mais de 2 mil
participantes que frequentaram este modelo de ECAFO, num período de quatro
anos.
A conclusão para nós
foi de que: quando o material é adequado, a equipe adequada, e a linguagem
apropriada, não tem como não dar certo.
É preciso investir em
linguagem adequada a época em que vivemos.
Aqui em São Paulo, não tinhamos a preocupação
que uma ECAFO nacional deve ter: ser acessível nas mais diversas regiões, com as mais variadas
dificuldades.
Partimos do ponto que,
o nível de conhecimento em nossa região é privilegiado em relação a outras
regiões do país.
Anos mais tarde, com a
edição do manual de ECAFO pelo Conselho Nacional do Brasil (os 9 fascículos existentes
hoje), percebemos que começava a ter material para ser aplicado, e que nossa
iniciativa poderia se somar a este material. No entanto não houve interesse
pelos dirigentes da época.
Continuamos, então, a
fazer nossas iniciativas isoladas de gravação, que se mantém até hoje em nossas
atividades, onde temos poder de decisão. Sideny.
Boa aula!
1) Ecafo em 1996 e anos seguintes era a sigla de "Escola de Caridade Frederico Ozanam".
▼▲▼▲▼▲▼
Vídeo aula nº 1
Introdução ao Curso Básico
Rememorando
Nesta primeira aula o confrade Eduardo Marques em sua introdução ao Curso Básico de Formação Vicentina, expõe os assuntos que serão abordados nas aulas de cada módulo, como segue abaixo especificado.
O Curso Básico é dado em três módulos
Modulo I – Introdução à SSVP
Conhecendo Frederico Ozanam de perto
A inspiração de S. Vicente de Paulo
Objetivo, Papel, Natureza e Espírito da SSVP
Módulo II - Espiritualidade e Vocação Vicentina
Como deve ser uma Conferência Vicentina
Como deve ser uma Visita Domiciliar
O Espírito da Regra Vicentina
Módulo III - Estrutura e Cargos da SSVP
Obras e Eventos da SSVP
Quem são ou devem ser os Membros da SSVP?
Quem são ou devem ser os assistidos e qual o nosso papel em relação à eles?
E, já neste primeiro momento, o confrade Eduardo Marques da ênfase ao conceito que deverá sempre ter em mente o confrade vicentino, devido a sua enorme importância: é o significado do que seja o "Espírito Primitivo".
Se é tão importante, memorize:
"O Espírito Primitivo é o conjunto de idéias e
princípios que guiaram os fundadores da SSVP
por ocasião de sua fundação em 1833".
Na verdade, o Espírito Primitivo da SSVP é um assunto que deve ser discutido e relembrado em toda a reunião de Conferência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário