ATO DE CARIDADE
Que
eu faça o bem e de tal modo o faça,
Que ninguém saiba o quanto me custou.
Mãe! Espero de Ti mais esta graça,
Que
eu seja um bom, sem parecer que sou.
Que o pouco que me dês me satisfaça
E, se do pouco mesmo, algum sobrou,
Que eu leve esta migalha onde a desgraça
Inesperadamente penetrou.
Que
à minha mesa, a mais, tenha um talher,
Que será, minha Mãe! Senhora Nossa,
Para
o pobre faminto que vier.
Que
eu transponha tropeços e embaraços
Mas não coma sozinho o pão que possa,
Ser partido, por mim, em dois pedaços.
DJALMA DE ANDRADE
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