1º DOMNGO DO ADVENTO

Marcos 13,33 – 37

Ficai de sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo. Será como um homem que, partindo de uma viagem, deixa a sua casa e delega sua autoridade aos seus servos, indicando o trabalho de cada um, e manda ao porteiro que vigie. Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que vindo de repente, não vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos: vigiai!

Comentário

Já é hora de acordar! Eis o apelo de Jesus no Evangelho que inaugura este tempo do Advento. Uma nova aurora surge no horizonte da humanidade, trazendo a esperança de um novo tempo de um mundo renovado pela força do Evangelho. Neste tempo de graça, somos convocados a sair do torpor de uma prática religiosa inócua, a acordar do sono dos nossos projetos pessoais vazios e egoístas. Despertos e vigilantes, somos convidados a abraçar o projeto de Deus que vem ao nosso encontro, na espera fecunda do Tempo do Advento, temos a chance de reanimarmos em nós e os compromissos assumidos em favor da construção do Reino, reavivando as forças adormecidas, para a construção de uma humanidade nova, livre das trevas do sofrimento, da marginalização e da morte.

Frei Sandro Roberto da Costa, OFM - Petrópolis/RJ

2º DOMINGO DO ADVENTO

Marcos 1,1 – 8

Conforme está escrito no Profeta Isaias: Eis que envio meu anjo diante de ti: Ele preparará teu caminho. Uma voz clama no deserto: Traçai o caminho do Senhor, aplainai suas veredas (Mt 3,1); Is 40,3). João Batista apareceu no deserto e pregava um batismo de conversão para a remissão dos pecados. E saiam para ir ter com ele toda a Judéia, toda Jerusalém, confessando os seus pecados. João andava vestido de pelo de carneiro e trazia um cinto de couro em volta dos rins, e alimentava-se de gafanhotos e mel Sivestre. Ele pôs-se a proclamar: “depois de mim vem outro mais poderoso do que eu, ante o qual não sou digno de me prostrar para desatar-lhe a correia do calçado. Eu vos batizei com água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo”.

Comentário

“Preparai o caminho do Senhor, aplainai as suas veredas”. Clamando pelo deserto, João Batista nos indica que procurar viver conforme a Boa-Nova que Jesus nos trouxe não se trata, simplesmente, de viver dentro de um sistema religioso com certas práticas que nos identificam com tais. Talvez ele queira nos indicar que a fé, antes de tudo é um percurso, uma caminhada, onde podemos encontrar momentos fáceis e difíceis, dúvidas e interrogações, avanços e retrocessos, entusiasmo e disposição, mas também cansaço e fadiga. No entanto, o mais importante é que nunca deixemos de caminhar, pois o caminho se faz caminhando. Boa caminhada de Advento e preparação!

Frei Diego Atalino de Melo

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

2. O PÃO DA VIDA


O PÃO DA VIDA

E disse Jesus:

Eu sou o pão descido do céu, alimento e essência da vida de todo o homem, por isso, todo aquele que vem de coração aberto a mim não terá, nem sentirá mais fome de paz e alegria, porque eu o alimentarei. 

E todo aquele que se entregar a mim com uma atitude sincera de amor, fé e confiança, não terá mais sede em seus corações, porque eu o saciarei.

Eu sou o pão pelo qual as suas vidas necessitam.

Eu sou alimento que desceu do céu, enviado, justamente, para não morrer todo aquele que dele comer.

Eu sou não o pão material que vocês comem e tornam a sentir fome, mas o pão vivo, que tem vida em si mesmo, e é capaz de preencher e realizar as vidas vazias, que estão sem razão e sentido de viver. Por isso desci do céu, pois somente do Pai, que está no céu, poderia vir a solução, que sou Eu.

Não se preocupem em viver em função do pão que perece, pondo suas mentes, corações e vontade totalmente voltados para a vida material. A essência da vida do homem não é a satisfação do homem exterior, mas sim do homem interior. 

Por isso, trabalhem, busquem e se voltem para o pão que dura a vida eterna, que sou Eu. Vocês estão com fome e sede de paz, alegria, carne e vida, porque estão sem Mim, que sou o Pão da Vida.


Quem comer desse pão viverá eternamente. Passará de uma vida vazia e sem sentido, que é a morte interior, para a vida plena, que é a vida comigo, que sou Eu. E vocês vão viver sempre. 

Até a morte do corpo, que não é nada, não poderá destruir a Vida que estará dentro de vocês. A morte do corpo será apenas uma passagem para a plenitude da vida eterna que, aquele que me aceitou, iniciou aqui na terra, mas a completará no céu.


Entreguei meu corpo e sangue na cruz como oferta e sacrifício para expiar e reparar os pecados de todos os homens. Através de mim, poderão ter vida e vida em abundância.

Como eu vos amo muito, quis deixar este gesto presente por todos os dias até minha Vinda. Quis torná-lo visível aos vossos olhos, quando o pão e o vinho se tornam meu corpo e meu sangue. 

O mesmo corpo e sangue que entreguei naquele dia para a salvação de todos, é o mesmo que entrego na Eucaristia. O mesmo gesto de amor realizado naquele dia se renova todos os dias na Santa Missa. Por isso eu digo a vocês: o pão que hei de dar é minha carne para a salvação do mundo.

Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos.

Quem como a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e Eu nele.

Oh! Se também tu, ao menos nesse dia que te é dado, conhecer Aquele que te pode trazer a Paz! (Lucas 19,42).
                                                                       James

(Transcrito do Informativo Kairós de 11/1999)

1. MÃES MÁS




    
MÃES MÁS


Um dia quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:  

·        Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão. 

·        Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

·        Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: " Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".

·        Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

·        Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

·        Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também!

E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se suas mães eram más, meus filhos vão lhes dizer:

"Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...".

As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.

Ela insistia em saber onde estávamos à toda hora (tocava nosso celular de madrugada e "fuçava" nos nossos e-mails). Era quase uma prisão! Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia, que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.

Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela "violava as leis do trabalho infantil". Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruéis. Eu acho que ela nem dormia á noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.

Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos.

A nossa vida era mesmo chata!

Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).

Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.



FOI TUDO POR CAUSA DELA!

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para
sermos "PAIS MAUS", como minha mãe foi.

EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE:


NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS!


                                                                                                      (Autor desconhecido)



PAPA FRANCISCO FALA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA MÃE!





2. INFELICIDADES DA VIDA NÃO É CASTIGO DIVINO





INFELICIDADES DA VIDA NÃO É CASTIGO DIVINO


Quando no início do ano parecia que tudo caminhava sem grandes novidades, eis que fomos agitados por alguns acontecimentos trágicos provocados por catástrofes naturais que nos deixaram perplexos diante da fúria da natureza: terremoto, furacão, tufão, tempestade, temporal, enchente, inundação, etc.

Tragédias como no Haiti, Chile, China, Rio de Janeiro e recentemente nas Filipinas causaram consternação e temor e muitos se perguntaram por que Deus permitiu estes acontecimentos.

Diante de tais fatos temos a impressão que Deus assiste passivamente ao sofrimento dos seres humanos. Seu silêncio, porém, não é de tolerância, mas de amor compadecido e solidário. Na verdade, nem o sofrimento, nem a angústia, nem o medo são desejados por Deus. E, se Deus não intervir  não nos é concedido saber o motivo.

Durante a oração do Ângelus no dia 7 de março de 2010 o Papa Bento XVI fez uma advertência contra a ideia de que tais infortúnios foram causados pela conduta dos que sofreram as calamidades. Disse SS. Papa Bento XVI.: 

"Deus se manifesta das mais diversas maneiras na vida de cada um de nós, mas para reconhecer sua presença, no entanto, é necessário que nos acheguemos a Ele conscientes de nossa miséria e com profundo respeito”.

Ainda, disse o Papa na sua alocução: 
“Em face do sofrimento e do luto, a verdadeira sabedoria está em reconhecer a precariedade da existência e ler a história humana com os olhos de Deus, o qual, desejando sempre o bem a seus filhos, por um desígnio inescrutável de seu amor, permite as vezes que estes sejam provados pela dor para que possam ser conduzidos a um bem maior”.

Também, recordemos a passagem do Evangelho de Lucas, que traz a narrativa de quando algumas pessoas informam Jesus sobre os galileus que Pilatos havia ordenado matar, enquanto ofereciam sacrifícios. Nessa oportunidade Jesus, também, faz referência de uma torre que caiu sobre transeuntes. Ao analisar esses fatos, poder-se-ia concluir que aí havia tido uma punição divina. Mas Jesus ensina que Deus por ser Bom, não pode desejar o mal, e adverte contra a idéia de que esses infortúnios se deviam a conduta pecaminosa dos que sofreram esses males, dizendo:

“Pensais que esses galileus era mais pecadores do qualquer outro galileu, por terem sofrido tal coisa. Digo-vos que não. Mas se vós não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo”. (Lc 13, 1-5).

A você que nos lê neste momento e em especial aos vicentinos, recordo que neste tempo em que celebramos a vitória de Jesus sobre a morte, e em todos os tempos, lembremos que Deus se revela pleno de misericórdia, convidando-nos para evitarmos o mal e crescer no seu amor com fé, coragem e determinação, ajudando concretamente os pobres, os sofredores, os mais necessitados, servindo-nos dos exemplos de Frederico Ozanam e São Vicente de Paulo. Em nossas reuniões invoquemos com muita confiança o Espírito do Senhor, para que nos indique o caminho, e luzes para enxergá-lo.... “Vinde Espírito Santo e enchei os corações de vossos fiéis...”.
                                                                               
                                                                                         MM




quarta-feira, 27 de novembro de 2013

5. MISÉRIA E POBREZA




MISÉRIA E POBREZA




Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Ethos de Empresas, o Brasil, país emergente e com destaque no cenário mundial, é um país rico, possuindo o nono (9º) maior PIB do planeta. No entanto, é a quarta (4a.) pior distribuição de renda do mundo, porque os 10% mais pobres de sua população ficam com, apenas, 0,9% da renda.

Por isso é uma nação marcada pela pobreza, não assegurando os direitos básicos de cidadania (moradia, alimentação, etc) a toda  população.

Sendo assim, é fundamental que o país estabeleça medidas claras e eficazes, decorrente da necessidade ética de devolver para a sociedade, parte dos benefícios obtidos, objetivando   a superação dos problemas existentes, especialmente a moradia e a superação da fome, possibilitando à todos o acesso ao alimento para uma vida sadia e ativa.

A produção de alimentos está na ordem do dia, através do noticiário internacional e nacional. Inquieta a muitos a possibilidade de se produzir em alta escala os produtos para os bio-combustíveis e outras fontes de energia, em detrimento da produção de alimentos, vindo a, curto prazo, provocar a sua escassez. Isso viria causar, a muitos, a passagem de uma vida de pobreza para uma vida miserável. Estaríamos, realmente, diante desta possibilidade? Vejamos, de forma simplificada, o significado de Miséria e Pobreza.

MISÉRIA:   O termo miséria requer reflexão para se fazer uma análise. Essa análise nos possibilita enxergar a miséria do ponto de  vista moral e físico.

A miséria moral é o último grau do estado humano, lastimoso e desprezível, em que se encontra a alma de um ser. É o retrato perfeito de um pervertido ou degenerado. Como se costuma dizer nos dias de hoje, “é o fundo do poço”.

 Fisicamente, é o primeiro degrau inferior da escala social humana de um indivíduo. Ela inspira dó, compaixão, pena e até revolta, podendo, também, chegar ao nojo e ao desprezo. Chamamos aos que se encontram neste estado de excluídos da sociedade.

Tomemos como exemplo um mendigo, cujo termo deriva de miséria. Geralmente nada possui. Por roupa para cobrir sua nudez tem trapos e farrapos e por teto o céu aberto ou as pontes e malocas mal construídas, pois ele é andarilho, não tem morada certa. Está de modo geral emporcalhado e malcheiroso, porque não tem onde se limpar, a não ser nos rios e estes, em São Paulo, não se encontra em condições convidativas, pois são verdadeiros esgotos a céu aberto. Já não existem esperanças para ele, em geral, porque, na maioria das vezes sufocou as angústias e mágoas no álcool e o corpo já debilitado, está infestado de moléstias infecciosas.

Quantos outros tipos de miseráveis vocês, caros confrades e consocias, tiveram oportunidade de observar em vossas vidas e, sentiram-se impotentes,  pouco podendo  fazer  para minorar-lhes  o  sofrimento?  Como reflexão, lembrem-se que Jesus Cristo, na Cruz, também deveria ter sido bem repugnante, por causa dos pecados da humanidade, semi-nú, coberto de escarros, pó, sangue coagulado e de ferimentos...


                                                                                                                                         MM





segunda-feira, 25 de novembro de 2013

1. BOTE FÉ



BOTE  FÉ



“Bote mais amor na sua vida, assim, você encontrará muitos amigos que caminham com você. Bote fé, bote esperança, bote amor”.
                                      
                              Papa Francisco


Neste mês de novembro em que a Igreja celebra a festa de Cristo-Rei, encerra-se o Ano da Fé, idealizado e desejado pelo Papa Bento XVI. Termina o período estipulado de um ano, mas continua a ser vivido, celebrado, confessado, rezado por todos aqueles fiéis engajados na Igreja e que contínua e oportunamente professam sua fé.
Para àqueles que necessitam de um estímulo ou ajuda, segue algumas orientações do Prof. J. Marques para que você, depois do Ano da Fé... bote mais fé!


Bote fé no seu dia a dia! Você pode melhorar seu ambiente. Partilhe sua fé, convide seus melhores amigos para participarem com você das celebrações dominicais.

Bote fé no seu potencial. Você pode transformar o mundo. Você é pedra viva de sua igreja. Volte-se para ela, ou, se você é praticante, veja se há alguma coisa que pode ser melhorada, e não tenha medo de se reconhecer como precisando de mudança.

Bote fé no seu domingo, que não pode ser vivido como se fôssemos pagãos. A prioridade do domingo é prestar culto a Deus na Igreja. Seis dias trabalhamos e ficamos longe da casa de Deus, mas um dia, que é o domingo, é reservado para o Senhor, aliás, domingo que dizer exatamente “dia do Senhor”.

Bote fé na sua capacidade de aprender. Nunca é tarde para você aprender a doutrina católica e pô-la em prática. Não se esqueça de que o conhecimento não é privilégio da hierarquia; também os leigos podem e devem conhecer a doutrina.

Estude a Bíblia em grupo, acompanhe a caminhada da igreja e se engaje em suas campanhas de evangelização. Torne-se, você também, um missionário, um leigo atuante e amante da igreja.

Bote fé na sua conversão, não fume, coma só o necessário e reduza ou elimine o álcool, cesse com as críticas e os ciúmes, apaixone-se pelas coisas de Deus, entre elas, a sua igreja.

Bote fé no perdão ilimitado, não se vingue, não critique, semeie o bem. Seja um arauto da alegria e do perdão, e a paz será a sua recompensa.

Bote fé no amor desinteressado, atualize o seu dízimo, ponha-se à disposição da comunidade eclesial, escolha a pastoral em que você gostaria de servir. Mexa-se, importe-se com a sua igreja.

Bote fé no seu poder de transformar a sua família, incorporando a prática diária da oração em comum. Não se esqueça de que a família que reza unida, permanece unida.

Bote fé na sua vontade de se desapegar de coisas passageiras, como, por exemplo, ser escravo de times de futebol e de novela. Que essas distrações não asfixiem a verdade, e a verdade são os valores perenes.

Bote fé na esperança de dias melhores, mas para isso prepare-se para o futuro, estude, busque alternativas, não se escravize ao sono e aos prazeres fugazes. Esteja sempre entusiasmado com a sua família, com o seu trabalho e com a sua igreja. E mostre esse entusiasmo!

Bote fé na simpatia. Por que ser mal-educado? Vamos cumprimentar a todos, ainda que não sejamos correspondidos. Que a nossa marca, a nossa diferença seja a maneira cortês de tratar as pessoas.

Bote fé na solidariedade, seja inclinado à benemerência, não se canse de exercitar a caridade, pois a fé só tem sentido se transformada no amor. Se formos vítimas de injustiça, não nos vinguemos. É melhor ser vítima que autor de injustiça! Leia novamente o que você acabou de ler: antes ser vítima de injustiça que seu autor!

Você pode, eu posso, nós podemos melhorar, amar mais a Deus e ao próximo. Vamos jogar fora os rancores, as desavenças, os ciúmes, as críticas, vamos somar e não dividir, fazer o bem e perdoar sempre.

Bote fé no seu poder transformador e não se canse de agir corretamente. Seja escravo da caridade, alegre-se em ajudar os mais necessitados. A felicidade só se consegue através de práticas caritativas.

Bote fé na sua possibilidade de anunciar a boa nova. Evangelize com a sua presença e, aos poucos, vá adquirindo cultura religiosa e se transforme num evangelizador humilde, mas competente. Aos domingos, no almoço em família, pergunte qual é o Evangelho daquele dia. Ouça as manifestações espontâneas e faça comentários rápidos.

Bote fé na sistemática que apresentamos e você vai perceber como é bom gostar e falar da Palavra de Deus! Faça perguntas simples, dê as respostas e, com o tempo, você vai perceber que seus familiares aprenderam “brincando” ou “comendo”. Some-se a mim, pois faço isso há muito tempo, e, às vezes, até inoportunamente!

Não te descuides do carisma que está em ti” (1 Tm 4, 14), é o conselho de São Paulo a Timóteo, e que serve também para nós, pois temos dons, carismas, e não devemos sepultá-los e sim exercitá-los. Vamos formar um exército de leigos atuantes, conhecedores da doutrina, modelo de cidadãos da cidade dos homens, para um dia sermos cidadãos da Cidade de Deus.

Bote fé na esperança, conforme já falado, pois quem espera sempre alcança. Desesperar-se, por quê? Nada disso, as dificuldades de hoje serão transformadas em vitórias amanhã. Não antecipemos os problemas, que poderão, inclusive, não existir. Bastam os problemas de hoje, os de amanhã serão administrados amanhã. Não antecipar, eis a sabedoria.

Bote fé na sua vontade de transformar as estruturas viciadas. Você quer e você pode. Aliste-se na linha de frente de sua igreja; invés de crítica, aja e mostre como fazer o Reino de Deus crescer. E como fazer isso? Não se omitindo, sendo entusiasta, somando e não dividindo.

Bote fé na juventude, alie-se a ela. Não aborte as suas iniciativas, mas seja um elo agregador e propagador da criatividade dos jovens. Seja, para eles, uma agradável referência.

Bote fé na doutrina católica, leia mais, procure conhecer os fundamentos da fé católica. Esteja sempre pronto a mostrar a razão de sua fé. Apaixone-se pela Palavra de Deus, faça grupos de reflexão. Reze o terço, incomode-se e não se acomode!

Bote fé na fraternidade. Não se canse de ajudar os mais necessitados, pois eles, um dia, serão os nossos juízes! Tenha prazer na solidariedade, a causa de nossa felicidade, pois se lhe dermos as costas estaremos incorporando a tristeza.

Bote fé no Brasil, pois é o país do presente e do futuro. Jamais verá um país como este! Saiba que a violência e a corrupção são duas pragas que estão maculando a nossa imagem. Cerremos fileiras em prol da não-violência e da ficha limpa. Vote limpo em todas as eleições, sempre, dando seu voto só a quem já provou ser honesto e capaz de trabalhar para o bem comum.

Bote fé na vontade de aprender, ratificando o que já falamos antes. Não se considere sábio, pois o que sabemos é uma gota e o que não sabemos é um oceano. Estude, recicle-se, esteja sempre atualizado com as coisas da igreja e da sociedade em geral.

Bote fé na caridade, ano amor desinteressado. Conforme todos nós já sabemos, a felicidade de amanhã depende de nossa ação solidária de hoje. Se exercitarmos o perdão, seremos felizes; se não perdoarmos, seremos infelizes.

Bote fé na sua capacidade de inverter as falsas prioridades. Sinta a presença de Deus em você, leia mais a Bíblia. Peça a Jesus que lhe dispense o seu Santo Espírito com os seus sete dons.

Bote fé no esquecimento do passado que nos deixou tristes. Importam pouco as divergências do passado, importam bastante as convergências que nos unem no presente e nos unirão no futuro. A palavra-chave, portanto, é perdão e esquecimento das ofensas.

Bote fé em uma vida simples e não renda tributos à ostentação e ao consumismo. Saiba partilhar, não seja avarento.

E para concluir, bote fé no amor, porque o amor é tudo.
                              
                                              Ano  da fé!

      “Em  virtude  da  fé,  podemos
reconhecer, naqueles que pedem
o nosso amor, o  rosto do Senhor
ressuscitado”.


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

3. ORAÇÃO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO (I)







ORAÇÃO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO


Espírito Santo, estamos diante de vós, sob o peso de nossas culpas, mas reunidos em vosso nome. Vinde a nós e ficai conosco! Penetrai em nossos corações.

Ensinai-nos o que devemos fazer, que caminho seguir; mostrai-nos como devemos agir para podermos, com vossa ajuda, agradar-vos em tudo.

Que somente Vós sejais o inspirador e o doador de nossos pensamentos. Vós, que amais infinitamente a equidade, não permitais que subvertamos a justiça.

Que a ignorância não nos leve a praticar o mal, nem nos deixemos guiar pela parcialidade, nem por interesses pessoais, mas sejamos firmemente unidos a Vós, para que sejamos uma só coisa Convosco, jamais nos desviando da verdade.

Espírito Santo, assim como nos reunimos em Vosso nome, do mesmo modo, guiados pelo Vosso amor, que permaneçamos na justiça. E que nesta terra jamais nos afastemos de Vós e, na vida futura, alcancemos a felicidade eterna. Amém.

domingo, 17 de novembro de 2013

2. ESPERANÇA! NÃO É APENAS O INÍCIO...




ESPERANÇA! Não é apenas o início do belo, mas também, do bom. Não só é indispensável aos literatos; é também o sustentáculo necessário da vida. Não só nos induz a criar as mais belas obras; também nos faz cumprir grandes deveres; pois se a esperança é imprescindível ao artista para orientar seus pincéis ou amparar sua pena nas horas de exaustão, não é de menor necessidade ao jovem pai que organiza sua família, ou ao lavrador que lança seu trigo ao sulco da terra sob a palavra de Deus e com a promessa de Quem disse: Semeia!  
                                                     
                                                             (in Civilização cristã no século V).

sábado, 16 de novembro de 2013

2. AS VIRTUDES DE MARIA - O AMOR DE MARIA PARA COM DEUS


AS VIRTUDES DE MARIA

Desde o seu início a Sociedade de São Vicente de Paulo colocou-se sob a proteção de Santíssima Virgem Maria e, até os  dias atuais,   nossa querida
Mãe tem, não só protegido, como abençoado de forma privilegiada a Sociedade, de maneira carinhosa e efetiva, haja visto as dificuldades que enfrentou e venceu, ao longo desses 180 anos de sua existência.


A forma que encontrei para agradecer e homenagear Nossa Senhora foi de trazer ao conhecimento de todos aqueles que nos der a honra de sua visita, um pouco do muito que se pode dizer de tão amável e bendita Mãe, através dos escritos de alguns do autores mais renomados, santos e doutores, que cantaram os louvores e glórias da Mãe de Deus. 
                                                                                                                                    




NOSSA SENHORA DA DIVINA PROVIDÊNCIA



O AMOR DE MARIA PARA COM DEUS

Diz santo Anselmo: Quanto mais puro e vazio de si mesmo é um coração, mais cheio de amor a Deus, sendo extremamente humilde e vazia de si mesma, foi cheia de amor divino, de modo a ultrapassar em amor a todos os anjos. É com justiça que São Francisco a chama de Rainha amor. O Senhor ordenou ao homem que O amasse de todo o coração; não neste mundo mas no céu, diz São Tomás, cumprirá o homem perfeitamente esse preceito. No entanto, segundo a reflexão do bem-aventurado Alberto Magno, não convinha ordenasse Deus um preceito que por ninguém fora perfeitamente cumprido, se a sua divina Mãe não o tivesse realizado plenamente: pensamento confirmado por Ricardo de São Vitor. O amor divino, diz São Bernardo, de tal forma feriu e transpassou a alma de Maria, que dela não houve parte alguma que deixasse de ser ferida pelo amor; assim, Ela realizou completamente esse primeiro preceito. Ela bem podia dizer: Meu amado se deu todo a mim, e eu me dei toda a Ele. Ah! Exclama Ricardo, os Serafins podiam descer dos céus para aprender, no coração de Maria, o modo de amar a Deus.

        Deus, que é o próprio amor, veio à terra para acender em todos os homens a chama de seu de seu divino amor; mas nenhum coração foi tão abrasado quanto o de sua Mãe, o qual, inteiramente puro de afeição terrenas, achava-se totalmente disposto a abrasar-se no fogo celeste. O coração de Maria foi portanto fogo e chama, como se lê nos Cânticos; fogo, segundo São Anselmo, porque ardia interiormente no virtuoso proceder de Maria. Quando, na terra, Maria levava Jesus em seus braços, podia dizer-se que o fogo levava o fogo, com mais razão do que Hipócrates, ao dizê-lo um dia, a respeito de uma mulher que tinha fogo em sua mão. São Ildefonso penetra neste pensamento. Por seu lado, São Tomás de Vilanova pretende que o coração da Virgem se achava figurado pela sarça que Moisés viu queimar-se sem se consumir. E com razão apareceu Ela, a São João, vestida de sol, pois foi tão unida a Deus pelo amor, diz São Bernardo, que parece impossível uma criatura unir-se mais ao Criador.

        Afirma São Boaventura que a Santa Virgem não foi jamais tentada pelo inferno e eis o motivo que apresenta: da mesma forma que as moscas se afastam de um grande fogo, os demônios se afastavam de seu coração, todo abrasado de amor, e não ousavam sequer aproximar-se. Ricardo exprime a mesma ideia. Maria revelou a Santa Brígida que não teve neste mundo outro pensamento, outro desejo, outra felicidade senão Deus. Estando a sua alma bendita, quase sempre ocupada na terra em contemplar Deus, eram sem números os atos de amor que formava, escreve o Padre Suarez. Prefiro ainda o pensamento de Bernardino de Bustis: Maria, sem repetir os atos de amor um após o outro, como fazem os outros santos, possuía antes o singular privilégio de amar sempre atualmente a Deus por um único e contínuo ato de amor. Essa águia real tinha os olhos incessantemente fixos no sol divino, de modo que, diz São Pedro Damião, as ações cotidianas da vida não impediam Maria, em absoluto, de amar e o amor não A impedia de entregar-se às suas ocupações. Segundo São Germano, Maria se achava figurada pelo altar da propiciação, onde o fogo jamais se extinguia, nem de dia, nem de noite.

        O próprio sono não impedia Maria de amar seu Deus. E se esse privilégio foi concedido a nossos primeiros pais no estado de inocência como afirma Santo Agostinho, decerto não foi recusado à divina Mãe. Assim o pensam Suarez, o abade Ruperto, São Bernardino e Santo Ambrósio, tendo Maria experimentado, por esta forma, as palavras do Sábio. Enquanto seu corpo bem-aventurado tomava, num ligeiro sono, o necessário repouso, a alma velava, dizem São Bernardino e Suarez. E, numa palavra, enquanto Maria viveu neste mundo, amou continuamente a Deus. Além disso, Ela não fez jamais senão o que conheceu como agradável a Deus, e O amou tanto quanto julgou dever amá-lo. De modo a se poder dizer, com o bem-aventurado Alberto Magno, que Maria foi cheia de tanta caridade que uma simples criatura não poderia receber mais sobre a terra. Por sua ardente caridade, diz São Tomás de Vilanova, a Virgem se tornou tão bela e tanto inflamou de amor o seu Deus que Ele, tomado de ternura, desceu-Lhe ao seio para fazer-Se homem. E exclama São Bernardino: “Uma Virgem feriu, arrebatou o coração de Deus”!

        Mas, pois que Maria ama tanto a seu Deus, é certo que nada deseja tanto de seus servos quanto vê-los amando a Deus com todas as forças. Aparecendo um dia à sua bem-aventurada Ângela de Foligno, que acabava de comungar: Ângela, disse Maria, para seres bendita de meu Filho, esforça-te por amá-lo com todas as tuas forças. Minha filha, disse ainda a bem-aventurada Virgem a Santa Brígida, se queres que me uma a ti, ama meu Filho. Maria não tem maior desejo que o de ver amar o seu amado, isto é, Deus. Pergunta Novarin porque a Santa Virgem pede aos anjos, com a esposa dos ânticos, façam saber a Deus o grande amor que lhe dedicam. Não sabia Deus quanto Ela O amava? E responde ele mesmo que a divina Mãe queria assim revelar o seu amor não a Deus, mas a nós, a fim de ferir-nos com o amor divino, como fora ferida Ela própria. Por ser toda de fogo para amar a Deus, comunica a sua chama aos que A amam e se Lhe aproximam, tornando-os assim semelhantes a Si mesma. Em consequência, Santa Catarina de Sena Lhe dá o nome de facho do divino amor. Se desejarmos, por nossa vez, arder nessa bela chama, procuremos constantemente unir-nos à nossa Mãe por meio de nossas orações e afetos.


        Ah! Rainha do amor, a mais amável, a mais amada, a mais amante de todas as criaturas, como dizia São Francisco de Sales, ah! Mãe, que ardeis sempre e inteiramente no amor de Deus, dignai-Vos comunicar-me uma centelha desse amor. Rogastes a vosso Filho pelos esposos que careciam de vinho, e não rogareis por nós, que carecemos de amor a Deus, e somos obrigados a amá-lO? Dizei uma palavra e nos alcançareis esse amor. Não vos pedimos outra graça senão esta. Ah! Minha Mãe, pelo grande amor que tendes a Jesus, atendei-nos, rogai por nós. Assim seja.

                                                        Santo Afonso Maria de Ligório             





sexta-feira, 8 de novembro de 2013

4. NÃO CHORES POR MIM



Não Chores por Mim


Jesus, vendo algumas pessoas que tinham piedade, compreensão      
humana e fé, diz:

Não choreis por mim, chorai pelos vossos irmãos que não sabem o que 
fazem.

Não choreis por mim, chorai pelos que perderam o sentido da vida.

Não choreis por mim, chorai pelos que não tem rumo para seguir e nem onde morar.        

Não choreis por mim, mas pelos abandonados que estão nas ruas.

Não choreis por mim, mas pelos marginais que vocês e os seus amigos assim os fizeram. 

 Choreis pelas duas moças que não tem nem o curso primário e já tiveram a coragem de matar, abortando 4 crianças inocentes, sem lhes dar a mínima defesa, jogando-as num brejo. 

Choreis pelos vossos filhos, irmãos, parentes, amigos que são amantes, mas estão em zero no meu amor. 

Choreis pelo vossos amigos, os bons amigos do bar, boate, festinhas quentes, que saem de casa esquecendo-se que são pessoas e agem apenas   com os instintos. 

Choreis pelas vossas amigas de “amor” que até se vestem sofisticadamente, com intenção de provocar o amor livre. 

Choreis pelos vossos colegas, companheiros, que não passam de machos, mas falta-lhes muito para serem homens, pessoas humanas.

Meu amigo, minha amiga, ria. Ria. Dê gargalhadas se você for capaz... ou chore pela covardia que você fez. Chore também por aqueles que pensam que sexo é comércio.

(Do livro “Você me conhece?” de P. Greboge).